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Manoel Afonso - Eleições: atirar pedras é facil!

Manoel Afonso - 08 de maio de 2008 - 08:15

Dizem que “comício morno não têm graça. É igual comer feijoada sem pimenta e cachaça.” Para muitos, comício tem que ter “verdades” em forma de pedradas diretas – sem dó - para atingir o alvo, desprezando a sutileza do uso de metáforas no linguajar, que é para todos entenderem.
Infelizmente, em grande parte do interior do Brasil, o mesmo raciocínio ainda se aplica ao nível da campanha eleitoral. Imagina-se que vencerá aquele que bater mais...e assim por diante. Mas não é bem assim. Existem controvérsias!
No passado foi a União Democrática Nacional (UDN) que sempre se valeu da crítica radical – ácida - para tentar chegar ao poder. Quem não se lembra ou ouviu falar dos memoráveis discursos de Carlos Lacerda batendo doído em Getúlio Vargas e JK? E por ironia do destino nem ele e nem a UDN chegaram a Presidência da República.
Mais recentemente temos outro exemplo: o PT. Aliás Brizola chegou a dizer que “o PT é a UDN de tamanco”. A característica maior dos petistas era – eu disse era – a crítica direta e sem tréguas aos detentores do poder. Para eles, “onde havia fumaça havia fogo e precisava ser investigada doesse a quem doesse”. Nos comícios, nos programas de TV., nos debates, Câmaras, Assembléias e Congresso Nacional o discurso era uniforme, obedecendo às diretrizes do diretório nacional. Mas a máscara caiu e aquilo tudo é passado.
Claro que é impossível tocar uma campanha sem abordar questões delicadas e sem críticas. Mas é preciso dar ênfase ao lado propositivo Afinal, se algo está errado, é preciso apresentar também o remédio correspondente. É assim que funciona na cabeça do eleitor, por mais ingênuo que seja.
O ideal é que os candidatos comecem agora a preparar seu discurso. Dele pode vir a vitória ou a derrota. Nas cidades pequenas, principalmente, as propostas do vereador influenciam até no desempenho do candidato à prefeito. Portanto, recomenda-se sintonia entre eles.
Para quem está na oposição criticar é mais pratico. Mas essa crítica pode acabar se transformando num bumerangue. Crítica é igual remédio: se a dose for em excesso mata o paciente. E há um outro perigo: de transformar o adversário em vítima. Portanto...pegue leve!

Manoel Afonso
Comentarista da TV.Record-MS

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