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Manoel Afonso - Candidaturas: quem sai na frente...

Manoel Afonso - 14 de maio de 2008 - 07:55

Nesta época as pré-candidaturas já pipocam por aí. Muitas não passam de balão de ensaio, sendo que algumas delas têm como objetivo apenas negociar espaços com outros candidatos em melhores condições. Com isso garantem preciosas “boquinhas” lá frente. Sabe como é! Ninguém é de ferro. Mas para efetivamente serem reconhecidas como candidaturas, terão que passar pelo crivo dos respectivos partidos no prazo legal. Mas essa é outra história.
Aqui o objetivo é abordar a conveniência de se lançar candidatura o mais cedo possível e após a homologação partidária começar a campanha logo no início do prazo permitido pela Justiça Eleitoral. Complementando o título deste artigo: “Quem sai na frente bebe água limpa”? Como dizia aquele coronel personagem de Chico Anísio na televisão: “é relativo...é relativo”.
Colocar a campanha na rua muito cedo tem seus aspectos positivos e negativos. Na primeira hipótese há chance de propagar por mais tempo o nome e a imagem do candidato, tentar o comprometimento de eleitores formadores de opinião, de efetuar o maior número possível de visitas domiciliares, de montar uma equipe eficiente de colaboradores (cabos eleitorais), de dispor de maior tempo para contacto com famílias, líderes religiosos, sindicais, entidades de classe e funcionários de empresas e ainda de se antecipar aos concorrentes para garantir espaços em muros para a propaganda, Há de se levar em conta o impacto positivo dos cartazes, adesivos e faixas junto ao eleitor indeciso que não gosta de perder o voto.
Hoje em dia pesa muito na formação da opinião pública a eficiência da adesivagem nos carros. Por onde circula, o carro acaba sendo um eficiente instrumento de propaganda. Como se diz: quem não é visto não é lembrado. Também o slogan da candidatura acaba refletindo a imagem e a proposta do candidato. Sobre isso, falaremos em outra oportunidade.
Claro que nem sempre aquele que sai na frente acaba vencendo. É preciso dosar a campanha para ela atingir o ápice na boca do funil. É como o time de futebol na Copa do Mundo. Uma campanha longa pode cansar o eleitor e desgastar os candidatos envolvidos. Daí a necessidade de se estabelecer um cronograma e programar atividades diversas como visitas, pequenas concentrações, passeatas, arrastões, comícios e carreatas. Nas pequenas cidades os comícios ainda são válidos e é preciso saber tirar proveito deles ao máximo. Discursos longos e oradores despreparados pesam negativamente.
Estamos ainda em maio. Para alguns é cedo demais para pensar nestes detalhes. Para outros é hora de ir anotando e programando o esquema da campanha. Ganha-se eleição não só pela biografia e propostas do candidato. A eficiência da campanha pode ser determinante. Prova disso é que muitos favoritos acabam perdendo a eleição ao longo da campanha. Em cada cidade não faltam exemplos. Pense nisso!


Manoel Afonso
Comentarista da TV.Record-MS



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