Na África Sub-saariana vivem cerca de 10% da população mundial. Desse total, 70% está contaminada com o vírus HIV, cerca de 25 milhões de pessoas. Apesar do número alarmante de infectados, há uma tendência de estabilização nas taxas de prevalência da epidemia, decorrente da diminuição no número de mortes.

As conclusões estão no Relatório Mundial sobre a Epidemia de Aids 2004, divulgado hoje pelo Programa das Nações Unidas em HIV/Aids (Unaids). De acordo com o órgão, Uganda é atualmente o país africano que vem alcançando os melhores resultados no controle da aids, onde a taxa de prevalência da doença caiu de 12% no começo dos anos 90 para 4.1% em 2003.

Atualmente, uma das conseqüências mais visíveis da epidemia na região é o grande número de órfãos. “Na África Sub-saariana nós temos milhões de pessoas órfãs, seja de pai, mãe ou ambos por aids. Agravada com a situação socioeconômica daqueles países, nós temos uma realidade de calamidade importante”, afirma o diretor da Unaids no Brasil, Pedro Chequer.

As mulheres têm sido as principais vítimas da doença. São, em média, 13 mulheres para cada 10 homens soropositivos. As relações heterossexuais continuam sendo a principal forma de transmissão da doença.