A proposta de priorizar a tramitação de dois dos projetos propostos pela comissão especial da reforma política não obteve consenso entre os líderes partidários na Câmara na reunião realizada hoje.

PTB, PP, PL e PDT têm restrições à reforma e se recusaram a assinar o pedido de urgência. Os líderes desses partidos vão consultar novamente as bancadas e prometeram comunicar a decisão ao presidente João Paulo Cunha ainda nesta quinta-feira.

Os pontos da reforma política que causam maior divergência entre os deputados são o financiamento público das campanhas eleitorais e as chamadas listas partidárias, que acabariam com o voto nominal. O eleitor passaria a votar apenas nos partidos. A maioria dos partidos, no entanto, assinou o documento com o pedido de urgência para a apreciação da matéria.

A reforma deverá passar ainda pela Comissão de Constituição e Justiça e de Redação, mas mesmo tendo de cumprir mais esta etapa, os defensores da votação ágil da reforma querem que a matéria tramite em regime de urgência, para ser concluída ainda no primeiro semestre deste ano.