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Leia o resumo do melhor dia do Brasil no Pan

COB - 29 de julho de 2007 - 07:45

O sábado (dia 28) foi o melhor dia do Brasil no Rio 2007. Com medalhas no atletismo, vela, ginástica rítmica, futsal, canoagem, tênis de mesa, ginástica de trampolim e natação sincronizada, o País garantiu onze ouros, três pratas e 13 bronzes no penúltimo dia da competição. Foram 27 pódios, que contribuíram para confirmar o melhor desempenho brasileiro na história dos Jogos Pan-americanos. Até agora, já são 51 ouros, 39 pratas e 67 bronzes.

O atletismo foi o esporte que mais conquistou medalhas para o Brasil neste sábado. E com o desempenho no último dia de disputa da modalidade no Rio 2007, o esporte assegurou seu melhor resultado na história dos Jogos Pan-americanos, com o total de oito medalhas de ouro, cinco de prata e oito de bronze, superando Winnipeg-99, quando havia conquistado sete ouros, cinco pratas e quatro bronzes.

A festa dourada do atletismo neste sábado incluiu quatro ouros, uma prata e três bronzes. Jadel Gregório confirmou o favoritismo ao vencer o salto triplo com incontestável superioridade sobre os rivais. “O atletismo do Brasil está de parabéns e a torcida também. É tudo maravilhoso”, disse Jadel, antes de dedicar mais essa conquista à filha de um ano e seis meses. Recordista sul-americano, com 17,90 metros, Jadel saltou 17m27 neste sábado (dia 28), mas espera alcançar os 18 metros até o final do ano.

O revezamento 4x100m masculino do Brasil confirmou a tradição de medalhas em competições internacionais (foi prata em Sydney-00 e no Mundial-03), ao garantir o tricampeonato dos Jogos Pan-americanos. A equipe formada por Vicente Lenílson, Rafael Ribeiro, Basílio de Moraes e Sandro Viana venceu a disputa deste sábado de forma sensacional, após disputa acirrada.

Outra vitória para levantar o público no Estádio João Havelange foi conquistada pelo paulista Fábio Silva, no salto com vara. Ele dominou toda a prova e garantiu o ouro inédito para o País com a marca de 5m40. Nascido em Campinas, 24 anos, o atleta disse que estava confiante desde o início de que um bom resultado era possível. “Pelo que eu vinha apresentando, sabia que daria para brigar pelo ouro”, disse o atual recordista sul-americano (5,77 metros) e campeão do Troféu Brasil (5,50 metros).

O ouro deste sábado, somado ao conquistado por Fabiana Murer na última segunda-feira (dia 23), representa o melhor resultado do salto com vara em Jogos Pan-americanos. “Não participamos dos Jogos de Santo Domingo porque não conseguimos o índice. Por isso, sair do Rio com duas medalhas de ouro é algo indescritível”, disse o técnico dos dois atletas, Elson Miranda de Souza.

A gaúcha Sabine Letícia Heitling, de apenas 20 anos, também arrancou para uma vitória espetacular nos 3.000m com obstáculos. “Ainda não estou acreditando. Ver todos esses torcedores, mesmo com chuva. É para eles que eu dedico essa medalha”, disse a gaúcha de Santa Cruz do Sul, com a voz embargada pelas lágrimas.
A outra brasileira na prova, a paulista Zenaide Vieira, perdeu a medalha de prata para a mexicana Talis Apud, na última passada, e ficou com a medalha de bronze.

Davide Kleberson e Fabiano Peçanha também garantiram a presença de dois brasileiros no pódio dos 800m masculino. Kleberson conquistou a prata, enquanto seu companheiro de equipe ficou com o bronze. De quebra, conseguiram os melhores tempos de suas carreiras e o índice olímpico, marca que precisam repetir em 2008 para carimbar o passaporte para Pequim-08. “Estou feliz com o resultado, fiz o melhor que podia”, disse Kleberson.

Fabiano, por seu lado, parecia decepcionado por ter perdido a segunda posição na reta final. “Não é qualquer atleta que sobe no pódio em dois Pan-americanos seguidos”, disse ele, que também ficou em terceiro em Santo Domingo-03. A última medalha do atletismo no dia foi conquistada por Alexon Maximiniano, no lançamento do dardo.

A vela brasileira também confirmou sua tradição de pódios em competições internacionais. Ao todo, foram três ouros, duas pratas e dois bronzes no Rio 2007. Ricardo Winincki, o Bimba, garantiu o bicampeonato da classe RSX masculina, ao chegar em quarto lugar na última regata do programa, neste sábado (dia 28), na Marina da Glória.

“O vento apareceu e me ajudou a ter um ótimo desempenho na regata de hoje. O evento em si foi muito difícil, pois algumas regatas aconteceram com ventos fracos. Foi o primeiro evento de grande porte que disputei no Brasil. Estou vivendo um momento muito especial na minha vida”, destacou o velejador, que ganhou no começo do mês o Campeonato Mundial em Cascais, Portugal.

Na snipe, Alexandre Paradeda e Pedro Tinoco também garantiram o ouro, depois do segundo lugar na última regata. Campeão mundial da classe em 2001, Paradeda conquistou seu primeiro ouro, depois da prata em Winnipeg-99.
“O campeonato foi bem duro devido ao alto nível dos adversários. A Snipe é uma classe de muita tradição nas Américas e fizemos regatas bastante disputadas”, destacou Alexandre.

O Brasil também subiu ao lugar mais alto do pódio na classe J-24. Depois da prata em Santo Domingo-03, Maurício Santa Cruz, João Carlos Jordão, Daniel Santiago – que desta vez foram acompanhados por Alexandre Saldanha –, ficaram com o ouro, ao terminarem a última regata em oitavo lugar.

“A regata foi muito complicada. O vento estava muito forte e variável, por isso adotamos uma postura agressiva, que surpreendeu os adversários. A regata foi emocionante até o final. Fico satisfeito porque nos superamos nessa competição”, ressaltou Mauricio, que também é campeão mundial, sob o comando do J-24.

Na laser, apenas um ponto separou Robert Scheidt de seu quarto ouro consecutivo nos Jogos Pan-americanos. O bicampeão olímpico venceu as três últimas regatas do Rio 2007, mas ficou com a prata, com 19 pontos perdidos, um a mais do que o americano Andrew Campbell. O velejador paulista explicou que não chegou 100% para a disputa da competição por estar concentrado na classe star, na qual foi campeão do Mundial de Cascais, Portugal, em março. “Evoluí bastante durante os Jogos Pan-americanos mas, infelizmente, as vitórias nas últimas regatas não foram suficientes para conquistar o ouro”, disse.

O barco formado por Cláudio Biekarck, Marcelo Silva e Gunnar Ficker ficou com o bronze na classe lightning. Ao fim das nove regatas do Rio 2007, os brasileiros empataram em pontos com os Estados Unidos, mas perderam a prata no desempate, cujo critério é o resultado na última regata. Outro bronze da vela brasileira neste sábado (dia 28) foi conquistado pela paulista Adriana Kostiw, na classe laser radial feminino.

A ginástica rítmica brasileira repetiu o desempenho de Santo Domingo-03 e garantiu ao todo três medalhas de ouro. Duas delas nas disputas deste sábado (dia 28). A equipe formada por Tayanne Mantovaneli, Luisa Matsuo, Marcela Menezes, Nicole Muller e Natalia Sanchez conquistou o ouro no conjunto geral primeiro exercício (cinco cordas) e segundo exercício (maças e arcos).

Foi o melhor desempenho em Jogos Pan-americanos. “Estou muito feliz com os resultados”, comemorou a ginasta Luisa Matsuo. “Nosso foco agora vai ser treinar para os Jogos Olímpicos de Pequim 2008. Em setembro vamos participar do Campeonato Mundial de Ginástica Rítmica na Grécia e queremos conquistar a vaga olímpica”, destacou Marcela Menezes.

O Brasil conquistou ainda mais um bronze com Ana Paula Scheffer, bronze no arco, na final individual por aparelho, ao se apresentar ao som da música ‘Emoções’, de Roberto Carlos. “Minha melhor prova por aparelho é a maça, mas hoje foi o arco que me presenteou com o bronze. Estou feliz com o meu resultado”, comemorou Ana Paula.

“Os maiores talentos da ginástica estão no individual. Ana Paula e Angélica representaram muito bem o Brasil na competição. A Angélica entrou em janeiro na equipe e conseguiu bons resultados. O importante agora é continuar o trabalho com essas ginastas para os próximos Jogos Pan-americanos. Vamos trabalhar forte”, antecipou a técnica Maria Cristina de Azevedo Vital.

O futsal brasileiro cumpriu seu papel no Rio 2007. Apontado por todos como o grande favorito à medalha de ouro, a equipe do craque Falcão fez a sua parte, garantindo o título na estréia do esporte em Jogos Pan-americanos com campanha convincente, que culminou com a goleada de 4 a 1 sobre a Argentina no jogo final.

Eleito o melhor jogador do mundo pela Fifa, Falcão atendeu com sobras às expectativas em torno de sua atuação no Rio 2007. Terminou como artilheiro da competição, com sete gols, e presenteou os torcedores com seu repertório particular de jogadas espetaculares. O gol que marcou na decisão deste sábado (dia 28), diante da Argentina, foi suficiente para comprovar toda a sua genialidade. Após tabela rápida com Vinícius, o ala deu um ‘lençol’ desconcertante no goleiro argentino antes de completar de cabeça para o fundo do gol.

“Começamos o jogo a 100%. O gol deu confiança e tranqüilidade ao time e, com isso, os argentinos tiveram que sair para o jogo”, disse Falcão, que já marcou 198 gols pela Seleção Brasileira. “Ganhar da Argentina sempre tem um gosto diferente. O jogo mais disputado e difícil foi contra o Paraguai, mas contra a Argentina a rivalidade é sempre maior, é especial. É assim em qualquer esporte. O time teve uma atuação de gala. O principal objetivo era a conquista da medalha de ouro”, ressaltou o atleta, acrescentando que em 10 anos de seleção nunca viu um grupo tão unido.

Para o treinador Paulo César Oliveira, a disciplina tática da equipe foi o diferencial do Brasil. Ele apontou a palavra-chave do sucesso no Rio 2007: competitividade. “Sem isso, seria praticamente impossível. Queremos jogadores com este espírito, que se habituem a vencer. A missão está cumprida”, finalizou PC.

A Seleção Brasileira de vôlei masculino também cumpriu seu destino, ao derrotar a equipe americana por 3 a 0 (parciais de 25/16, 25/20 e 25/22) e conquistar a medalha de ouro que fez o público que lotou o Maracanãzinho delirar. Forte na defesa e criativa no ataque, a equipe brasileira não teve muitas dificuldades para levar a medalha que vinha buscando há 24 anos, desde Caracas-83.

No tênis de mesa, Hugo Hoyama encerrou sua participação em Jogos Pan-americanos em grande estilo. Brasileiro com o maior número de medalhas de ouro na competição – nove no total –, o paulista garantiu mais um bronze neste sábado (dia 28), ao perder na semifinal do individual masculino para o chinês naturalizado argentino Song Liu por 4 a 2, que lhe rendeu seu 14º pódio, computados os resultados desde Indianápolis-87.
“Foi legal. Encerrar minha trajetória em Jogos Pan-americanos em meu país e dessa forma. Não poderia ter sido melhor. A final por equipes foi a mais emocionante. Aquele ouro foi o mais especial da minha carreira”, comentou o atleta de 38 anos, que agora vai buscar a classificação para Pequim-08.

Thiago Monteiro repetiu os resultados de Hoyama. O cearense de 26 anos havia também integrado o trio medalhista de ouro por equipes e, neste sábado (dia 28), terminou com o bronze no individual, ao ser derrotado pelo chinês naturalizado dominicano Ju Lin por 4 a 3. O jogo foi dos mais equilibrados. O brasileiro chegou a estar em vantagem de 3 a 2, mas perdeu os dois últimos sets por diferença mínima (11/9).

A canogem brasileira encerrou a participação no Rio 2007 com seu melhor desempenho em Jogos Pan-americanos: seis medalhas (um ouro, duas pratas e três bronzes), metade das 12 que havia conquistado nas outras edições dos Jogos Pan-americanos. Três bronzes foram conquistados neste sábado (dia 28), com Édson Silva no k-1 500 metros; Nivalter Jesus no c-1 500 metros, e Vílson Conceição e Wladimir Moreno no c-1 500 metros.

Nivalter Jesus, de 20 anos, achou excelente o desempenho da canoagem no Rio 2007 e confia no potencial do Brasil para melhorar seu desempenho. “Essa medalha foi incrível porque tive a chance de mostrar o meu valor. Na decisão, durante vários metros, disputei o título palmo-a-palmo com o mexicano Quirino Cristóbal (campeão mundial da categoria), que tem a vantagem de treinar na altitude”, disse o sergipano, que compete há apenas três anos.

Um dos campeões do k-4 1.000 metros masculino, Édson Silva também tem razões para comemorar. Além do ouro da sexta-feira (dia 27), o canoísta gaúcho conquistou o bronze no k-1 500m masculino, neste sábado (dia 28). “Ontem competi com raiva, pensando na frustração em Santo Domingo-03, quando fui cortado às vésperas dos Jogos. O ouro no k-4 1.000 metros valeu para aquela competição. Hoje, acordei aliviado e completamente focado na final do k-1 500 metros. Agora é só comemorar antes de iniciarmos a preparação para Pequim-08”, disse.

Já a natação sincronizada brasileira voltou a subir ao pódio do Rio 2007 neste sábado (dia 28), depois do bronze no dueto. Dessa vez, a medalha de bronze veio na disputa por equipes. O grupo formado por Beatriz e Branca Feres, Nayara Figueira, Michelle Frota, Caroline Hildebrandt, Glaucia Souza, Giovana Stephan e Lara Teixeira garantiram o resultado com uma trilha sonora baseada em pontos turísticos do Rio de Janeiro.
Ao som de Samba avião, Cidade 'Maravilhosa, País tropical e Assanhado, as meninas brasileira realizaram uma empolgante apresentação e repetiram o resultado alcançado em Santo Domingo-03. “Nos Jogos Pan-americanos de 2011, já podemos sonhar com a medalha de prata. Ela agora é bem possível porque melhoramos nossa nota e chegamos à média nove, que era nossa meta”, disse Nayara Figueira.

Na ginástica de trampolim, Giovanna Matheus conquistou para o Brasil sua primeira medalha no esporte. Logo na estréia da modalidade em Jogos Pan-americanos, a carioca garantiu o bronze na final feminina, perdendo apenas para as duas canadenses.

Já o basquete masculino assegurou outra medalha para o País, ao garantir classificação para a final do Rio 2007. Na briga pela medalha de ouro, o time brasileiro enfrenta Porto Rico, neste domingo, às 11h, na Arena Multiuso do Complexo Cidade dos Esportes.

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