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Jornalista recebe mensagem dizendo que estaria marcado para morrer após denúncia

Dourados Agora/ Correio do Estado - 10 de maio de 2013 - 16:01

O jornalista paraguaio Leo Veras, que trabalha na fronteira entre Pedro Juan Caballero e Ponta Porã, denunciou, ontem, que foi ameaçado de morte através de mensagens de texto em seu celular. Segundo o profissional, a mensagem adverte que ele faz parte de uma “lista negra” de pessoas marcadas para morrer na fronteira, da qual ele seria a primeira vítima.

De acordo com o jornalista, a ameaça é “claramente” uma retaliação contra a publicação de matéria jornalística em que ele detalha a vida de autoridades que lutam contra o narcotráfico na região fronteiriça.

Denúncia

Na reportagem, Leo Veras fez denúncias sobre envolvidos na morte do também jornalista Carlos Artaza, executado a tiros há cerca de um mês, em Pedro Juan Caballero. Veras também conta que agentes federais brasileiros tiveram que realizar o resgate do juiz federal Odilon de Oliveira, quando este estava em Naviraí.

Apesar da ameaça recebida, o jornalista declarou que continuará trabalhando na fronteira: “Eu vou seguir realizando meu trabalho como o faço todos os dias; e não vai ser esta ameaça contra minha vida que me fará desistir ou vai me fazer ficar trancado dentro da minha casa”.

O jornalista encaminhou a denuncia à polícia paraguaia, ressaltando que ele seria a quinta pessoa a receber ameaça de morte pelo mesmo telefone celular (identificado pelo número). Além Veras, autoridades e familiares de autoridades da fronteira já receberam ameaças de morte e falsos avisos de bomba.

Os jornalistas paraguaios do departamento de Amambay estão trabalhando com escolta da polícia nacional desde que o jornalista Carlos Artaza foi executado por pistoleiros no centro de Pedro Juan.

A região de fronteira entre o Brasil e o Paraguai tem sido considerado por organismos internacionais como um dos lugares mais perigosos do mundo para o exercício do jornalismo. Do ano passado para cá três profissionais foram assassinados por pistoleiros.

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