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Gustavo Borges diz que esta é sua última temporada

Agência Brasil - 06 de fevereiro de 2004 - 16:20

Mesmo que esta seja a última temporada de sua carreira, Gustavo Borges não demonstra nenhum tipo de receio ou ansiedade. Veio se preparando, há três anos, para deixar as piscinas e se diz pronto para o momento. Ele nadará amanhã (7) à tarde as eliminatórias dos 200m livre na etapa do Rio da Copa do Mundo.

Dono de três medalhas olímpicas, Gustavo não espera alcançar resultados expressivos na última etapa do circuito. Em fase de treinamento pesado para Atenas, participará do torneio para ganhar ritmo de competição.

"Na etapa anterior, em Nova Iorque, eu passei por cima da competição e foi bem duro de nadar. Quero estar bem competitivo em maio, época da última seletiva olímpica. Estou totalmente focado nas Olimpíadas. Venho fazendo um trabalho bem forte e uma preparação parecida com as que fiz para as três edições anteriores - disse.

Embora a despedida esteja marcada para o mês de agosto na Grécia, Gustavo diz que pode abrir uma exceção: "Deixo em aberto competir pelo Pinheiros até o fim de 2004. Mas a minha idéia é parar de vez após os Jogos Olímpicos. Estou encarando esta temporada como mais uma. Não fico pensando que estou disputando meus últimos campeonatos. A hora de parar está vindo como uma coisa natural. Tenho muita coisa para fazer fora da piscina . Hoje, posso dizer que estou pronto para parar de nadar", admitiu.

Durante 13 anos, Gustavo Borges realizou todos os seus sonhos dentro d´água. Mas não quer deixar o esporte sem realizar um sonho: "Já conquistei tudo o que quis. Só falta mesmo eu participar da cerimônia de abertura das Olimpíadas. Nunca pude fazer isso. Gostaria também de ser o porta-bandeira da delegação do Brasil, mas é o Comitê Olímpico Brasileiro (COB) que escolhe isso.

Este ano deve marcar a despedida de boa parte de uma geração que já chegou aos 30 anos e que brilha desde os anos 90. Gustavo sabe o tamanho de seus feitos e ressalta que, no Brasil, as próximas gerações terão de trabalhar forte para dar prosseguimento às conquistas internacionais.
"Eu, Fernando Scherer e Rogério Romero, que era de uma geração anterior à nossa, deixamos uma marca muito forte. Nos últimos 13, 15 anos, conseguimos medalhas em todas as competições e estamos numa seqüência boa de pódios olímpicos (Barcelona-92, Atlanta-96 e Sydney-2000). O pessoal novo tem um caminho a percorrer para suprir o espaço que vai ser deixado. Não temos ainda, entre eles, o ponteiro, mas faz parte de um ciclo que está terminando. Pode surgir um a qualquer momento porque a garotada é talentosa", afirma Gustavo Borges.


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