Andreliza Cristina Silva, hoje residindo em São Paulo (capital) enviou ao Cassilândia Notícias uma homenagem póstuma ao seu pai José Luiz da Silva, o Zé Preto. Leia:

Pai do Junior, Andreliza e Adriely.

Não gostava de médicos muito menos de tomar remédios. Não ficava longe do seu rádio de pilhas e acordava a vizinhança toda com as músicas raízes do interior.

Pedreiro dos bons, construiu inúmeras casas em nossa pequena cidade. Sua profissão o fez sofrer vários acidentes e em um deles, foi chamado de homem quebra cabeças devido suas inúmeras fraturas quando caiu de um andãime.

Mas foi o princípio de uma gripe no começo de agosto/2020 que o fez ser o 11° numa contagem que jamais acreditamos viver.

Lutou três semanas numa UTI e nesse período, nossas vidas ficou no piloto automático aguardando alguma notícia.

Pai o senhor foi meu primeiro amor. Sentia seu cheiro de longe. Escrevo essas palavras chorando em pensar como foram seus últimos dias. O que pensou, se teve medo, esperança se estava com barba, se suas unhas estavam grandes.

Não encontro palavras pra dizer o quanto tem do senhor em mim. Sua honestidade, amor aos animais e principalmente sua admiração pela natureza. Tudo me lembra o tempo que passamos juntos.

Espero um dia poder te abraçar de novo e te dar o abraço do Dia dos Pais que não possível neste ano. Te amo com todas as minhas forças e obrigada por me permitir te conhecer.

Descansa soldado. A batalha acabou.

Sua família te ama muito. Espero que seu último pensamento tenha sido este.