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Febre amarela não ameaça grandes cidades; os motivos.

Agência do Rádio - 04 de fevereiro de 2008 - 07:54

Desde que surgiram no País novos casos confirmados de febre amarela na forma silvestre, no final do ano passado, parte da população pergunta se estaremos à beira de uma infestação que pode migrar das regiões de matas e florestas para as ruas das cidades. O secretário adjunto da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, Fabiano Pimenta, apresenta quatro motivos para afastar essa possibilidade.

"Na febre amarela silvestre, o mosquito é outro mosquito, é outro gênero, diferente do Aedes aegypti, são mosquitos Haemagogus e Sabethes, eles, normalmente, não se alimentam de sangue humano, diferentemente do mosquito Aedes aegypti. O mosquito Aedes aegypti tem preferência quase que exclusiva pelo sangue humano. Então, para que a febre amarela saísse de seu ciclo normal, que é o ciclo de macaco/ Haemagogus, que é o mosquito que existe nas matas, para outro macaco, é preciso que o Aedes aegypti invertesse completamente o seu hábito de sangue e fosse s alimentar de sangue do macaco, isso não acontece. A outra hipótese seria chegar uma pessoa doente, em uma cidade e fosse picada por um Aedes aegypti, que aí sim multiplicaria o vírus no seu organismo e isso não é uma coisa imediata, demora de oito a dez dias, e mais do que isso, o número de pacientes que chegam com febre amarela no período em que o vírus está no sangue circulando nessa pessoa, e aí é só nesse momento em que o Aedes aegypti tem condições de ingerir, digamos assim, o vírus, ou adquirir o vírus da febre amarela, é muito curto, daí a menor ou baixíssima possibilidade que isso aconteça, diferentemente da dengue. Além do mais, a febre amarela tem vacina. Existe um grande número de brasileiros, mais de cem milhões de pessoas vacinadas contra a febre amarela. Então, a possibilidade de ter uma pessoa com vírus de febre amarela, que ele adquiriu na mata, e que venha para uma cidade para ser infectado ou infectar um Aedes aegypti, é praticamente desprezível. Além do mais, normalmente, essas pessoas vão para os hospitais e os hospitais também têm as medidas preventivas contra o Aedes aegypti. Esses locais, onde os pacientes são internados, normalmente são telados, e as equipes que fazem o controle do Aedes aegypti fazem um controle semanal nesses locais, de forma que garanta uma baixa infestação do Aedes aegypit".

De Brasília, Paulo César Campos

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