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Família: o satanás está vencendo

Dinamérico de Campo Aguiar - 12 de agosto de 2013 - 16:00

Dinamérico de Campos Aguiar
Dinamérico de Campos Aguiar

Se Satanás precisava descobrir um meio hábil para dominar a terra e a grande maioria dos que aqui estão, com certeza, encontrou a maneira ideal: acabar com a família, que era o grande bastião de segurança que por aqui havia.

Ele vinha tentando isso há muito tempo, com várias fórmulas e parece que, agora, acabou encontrando o ponto certo através das drogas. E essas drogas, atingindo basicamente os jovens, os muito jovens e os pobres. Para que se tenha uma idéia, uma recente publicação da Folha, na Internet, mostra que triplicou a parcela de jovens internados em várias instituições por causa dessa maldita coisa, pois o percentual de detidos pelo tráfico, que era algo em torno de 7,5% em 2002, alcançou em 2011 cerca de 27%. Um pulo considerável. E as entidades que recebem o menor infrator em São Paulo, chamadas Casas, estão superlotadas de menores traficantes. E não se pode dizer nada diferente das instituições congêneres de outros estados brasileiros, onde a tendência da subida desse número ainda é mais alarmante, pois os dados indicam que dentre 14 estados pesquisados, 10 deles registraram aumento da incidência de tráfico de drogas entre adolescentes e a causa apontada para este crescimento é o aumento do consumo de drogas no país.

Enquanto tudo isso acontece, nas nossas vistas e com o nosso conhecimento, os menores infratores começam a se tornar, por causa da droga, assassinos, estupradores e ladrões. A entrada no mercado do crack, muito mais barato (e muito mais terrível para a saúde), tem incentivado não só o tráfico como o consumo. E a consequência é o que temos visto, com crianças que deveriam estar com uma bola ou uma boneca nas mãos estarem com poderosas armas de fogo, com as quais se tornam praticamente imbatíveis. Sim, porque com os meios de defesa legais de que dispomos, nada se pode fazer. É menor, é protegido. E não comete crime, pratica um ato infracional, que lhe rende uma internação (da qual acaba sempre fugindo) no máximo até 18 anos de idade e sai de lá com a ficha limpa, sem quem nada conste em seu passado. Por mais tenebroso que tenha sido. E vai continuar no mundo do crime, pois não aprendeu nada de útil em sua internação, a não ser como matar, roubar, estuprar. Só que, em pouco tempo, entra para a estatística dos mortos em confronto com a polícia, por não pagar o que consome ou mesmo na disputa de pontos de venda de drogas entre quadrilhas rivais.

Estamos perdendo esta guerra e nossos menores, o futuro. Nossa estupidez não nos deixa ver, como diriam Roberto e Erasmo, a loucura que a coisa é. Só nos lembramos de Deus em casos de doença, perda de emprego ou qualquer outra desgraça. No mais, somos materialistas buscando vencer neste mundo errado, pisando na cabeça de outra pessoa, se necessário. Acompanhar o crescimento dos filhos, estudar com eles as tarefas de casa, dar bons exemplos, ensinar as coisas boas deste mundo, chamar a atenção para as ruins, amar o próximo, orar, ir com a família a um culto cristão (qualquer que seja ele, não importa), não dá. Não temos tempo para essas coisas. E aí, amigo, Satanás toma conta de tudo e ocupa o teu lugar, enquanto você toma a tua cervejinha e joga conversa fora com os amigos no boteco mais próximo. Quando você se der conta de que a casa caiu, vai botar a mão na cabeça e dizer: “meu Deus, onde foi que eu errei?” Você sabe onde está errando, amigo. E ainda temos tempo de reverter esta disputa que estamos perdendo. O que temos de melhor, nossa família, nossos filhos, caminham por perigosos desvios e podemos dar um basta a tudo isso. Ou voltamos nosso pensamento e nossas ações para Jesus Cristo e tudo o que ele ensinou, com sacrifício de própria vida, ou estaremos logo mais chorando nos programas policiais dos fins da tarde, do Datena ou do Marcelo Rezende. A escolha é sua. Por enquanto, por burrice nossa, Satanás está vencendo.

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*Dinamérico de Campos Aguiar nasceu em Barretos-SP no dia 19 de outubro de 1941, Dinamérico de Campos Aguiar Júnior, o Dinamérico Aguiar, é jornalista desde 1963 e começou a carreira na Rádio Bandeirantes-AM. Lá, mesmo jovem, não tardou para assumir o cargo de diretor do departamento de esportes da emissora. Ele chefiou até 1970 a famosa “Scratch do Rádio Esportivo”. Idealizou programas como o “Bola ao ar” e “A marcha do Esporte”.

“Tinha 24 anos na época que dirigi o Scratch do Rádio. Era muito jovem pela responsabilidade que me deram. Tive de envelhecer e amadurecer rápido para tomar conta de uma equipe com 38 profissionais”, lembrou.

Segundo ele, o time esportivo da Bandeirantes-AM era imbatível. “O que marcou como ponto positivo nesse trabalho é que a Rádio Bandeirantes no período do Scratch era líder de audiência absoluta. Jamais perdemos uma transmissão, inclusive a de jogos internacionais interclubes, como as atuações do Santos no exterior. Com Pelé as cotas eram US$ 50 mil, sem ele baixava para US$ 30 mil. E a grande dificuldade de transmissão da época era a falta de satélites, mas a equipe era muito boa”, destacou.

Atualmente, Dinamérico reside com a esposa e uma filha do 2° casamento em Osasco-SP, tem outros três rebentos da primeira união, seis netos e presta consultoria de comunicação. (Por Raphael Cavaco- Terceiro Tempo)

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