O ex-general chileno Augusto Pinochet morreu neste domingo no Hospital Militar de Santiago, aos 91 anos. Ele faleceu às 15h15 de Brasilia e a causa da morte, segundo seu médico, Juan Augusto Vergara, foi uma complicação inesperada. O último boletim de saúde, divulgado ontem, afirmava que o quadro de saúde era estável.

Pinochet estava internado havia uma semana, após sofrer um enfarte do miocárdio e um edema pulmonar. "Às 13h30 (14h30 de Brasília), o paciente sofreu uma inesperada e grave falência que levou sua transferência em estado crítico à Unidade de Cuidados Intensivos, onde foram aplicadas todas as medidas médicas de ressuscitação, não se conseguindo a resposta médica positiva, falecendo às 14h15 (15h15 de Brasília)", diz o comunicado.

O médico Juan Ignacio Vergara afirmou que o ex-general morreu na companhia de sua família. Logo depois do anúncio da morte, seguidores de Pinochet foram ao hospital e gritaram para que a guarda baixasse a meio pau a bandeira chilena da entrada do local. Em contrapartida, grupos de motoristas buzinaram comemorando a notícia.

Saúde
O boletim divulgado ontem afirmava que Pinochet continuava em recuperação. Lucía, a filha mais velha do ex-ditador, disse que seu pai permaneceria no hospital por entre cinco e sete dias. O próximo boletim seria divulgado na segunda-feira.

Pinochet foi internado no último fim de semana, depois de sofrer um enfarte. Os médicos fizeram uma cirurgia de emergência no último domingo para a colocação de uma ponte de safena.

Acusações
O ex-ditador liderou um golpe de Estado no Chile em 1973, derrubando o então presidente socialista Salvador Allende, que acabou se suicidando. A ditadura durou até 1990, quando o ex-presidente deixou o cargo para se tornar senador vitalício.

Durante o regime, o ditador dissolveu sindicatos e diminuiu o poder do Estado. O regime liderado por Pinochet deixou mais de 3 mil mortos e desaparecidos, enquanto centenas de milhares de chilenos partiram para o exílio. O ex-ditador foi acusado de abusos contra direitos humanos, corrupção e fraude.

Com agências internacionais

Redação Terra