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Duda Mendonça diz que PT ainda lhe deve R$ 14 milhões

Inara Silva / Campo Grande News - 11 de agosto de 2005 - 14:20

O publicitário Duda Mendonça depõe neste momento à CPMI dos Correios (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito que investiga denúncias de corrupção na ECT – Empresa de Correios e Telégrafos), em Brasília, disse que o PT ainda deve a ele R$ 14 milhões relativos a trabalhos de 2004. Naquele ano suas empresas coordenaram as campanhas de marketing para prefeito dos candidatos petistas em Recife (João Paulo), São Paulo (Marta Suplicy), Belo Horizonte (Fernando Pimentel), Goiânia (Pedro Wilson) e Curitiba (Ângelo Vanhoni). O empresário é ouvido como testemunha e se apresentou espontaneamente à CPMI e acompanha o depoimento de sua sócia há 30 anos, Zilmar Fernandes.
O publicitário informou que desde 2001 só faz campanhas eleitorais para o PT e que, durante as campanhas, o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares respondeu por todos os pagamentos de gastos do partido.
Duda disse que, em 2002, além do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, também trabalhou para os candidatos José Genoino (governo de São Paulo), Aloizio Mercadante (senador em São Paulo), Benedita da Silva (governo do Rio) e um outro candidato a senador pelo Rio cujo nome não soube informar.
Paraíso Fiscal - O publicitário contou à CPMI que o empresário Marcos Valério, apontado como o operador do mensalão, sugeriu a ele a abertura de contas bancárias no exterior para "facilitar" o recebimento de aproximadamente R$ 10 milhões em pagamentos "fracionados". A conta foi aberta no paraíso fiscal das Bahamas e recebeu recursos de vários bancos internacionais.
Segundo o publicitário, Valério foi incumbido pelo ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares de realizar as transferências relativas às campanhas publicitárias feitas para o partido. O primeiro desses repasses, ainda no Brasil, teria sido efetuado mediante um "pacote de dinheiro com R$ 300 mil", que teria sido entregue por Marcos Valério a Zilmar Fernandes, sócia de Duda que também depõe na CPMI. "Achei aquilo esquisito, mas queria receber o dinheiro", informou o publicitário. Com informações da Agência Câmara.

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