Em um dia onde o mercado financeiro tentou sem grande sucesso corrigir a alta acentuada registrada no pregão de segunda-feira, quando a cotação do dólar disparou R$ 0,09, a remessa de recursos no final dos negócios e a piora no cenário internacional levaram a divisa norte-americana a registrar alta de 0,09%, encerrando o dia vendida a R$ 2,292. De acordo com a Reuters, as tesourarias aproveitaram o clima mais otimista na manhã, para remediar o “exagero” do dia anterior, quando a moeda subiu 3,71%. Na mínima do dia, o dólar chegou a cair 1,62%, sendo vendido a R$ 2,253.

A tranqüilidade da manhã deu lugar a uma piora no humor de investidores na parte da tarde, afetando também o mercado brasileiro. A causa são as dúvidas sobre os juros norte-americanos, que persistem. Assim, as tesourarias voltaram a comprar dólares no fechamento da sessão. No mercado internacional, o Risco-País regrediu dois pontos, fechando a 277 pontos básicos sobre os Treasuries dos Estados Unidos, principal título externo daquele país. O dólar praticamente zerou os ganhos frente ao euro, e as bolsas dos EUA tiveram ligeiras altas.

As perspectivas do mercado voltaram a ficar tensas após o diretor do Federal Reserve, Bem Bernanke, não anunciar novidades durante seu discurso ao Senado dos EUA hoje. Analistas acreditam que o clima de incertezas deve continuar até o fim de junho, quando o Fed irá discutir novamente os juros nos Estados Unidos. Até lá, espera-se que a divulgação da ata do Banco Central norte-americano na próxima semana permita solidez aos negócios.