O dólar caiu 0,18% na sessão desta quinta-feira, a última do mês de novembro, encerrando o mês vendido a R$ 2,166. Porém, a divisa norte-americana acumulou nos últimos 30 dias valorização de 1,03%, graças às compras do Banco Central, remessas para mercados internacionais e dúvidas sobre os juros externos, como lembra reportagem da agência Reuters. Em 2006, o dólar acumula desvalorização de 6,84%.

Durante o mês, o Banco Central reforçou sua atuação no mercado, ampliando as aquisições de dólares. As reservas internacionais superam os US$ 82 bilhões, valor considerado recorde. Hoje, a sessão foi dominada pela formação da taxa média do dólar, a Ptax, que será referencial para liquidação de contratos futuros e vencimento de US$ 970 milhões em swaps cambiais reversos.

O mercado assimilou bem a decisão do Comitê de Política Monetária, que na noite de ontem cortou em meio ponto percentual a taxa básica de juro, que passou a ser de 13,25% ao ano, e o crescimento de 0,5% do País no terceiro trimestre, frente ao segundo.

Novembro termina com uma das maiores seqüências de valorização dos últimos meses, com o dólar registrando oito altas consecutivas – o que não ocorria desde dezembro do ano passado. Enquanto no Brasil a tendência foi de alta diante da aversão a ativos de risco e do clima de incerteza sobre o futuro da política econômica, a perspectiva de juros mais altos na Europa mantiveram o euro à frente do dólar no mês.

As informações sobre a desaceleração da economia americana também ocuparam o noticiário econômico, com o temor de uma queda forçada nos investimentos. Notícias sobre estabilidade, porém, afastaram essas especulações.