O dólar encerrou a terça-feira em queda de 0,14%, vendido a R$ 2,134, motivado pelo ingresso contínuo de recursos no mercado nacional. Segundo a agência Reuters, o Banco Central conteve uma queda mais acentuada da cotação, intervindo através de leilão de compra de dólares no mercado à vista.

A autoridade monetária aceitou três propostas, auxiliando a aumentar as reservas internacionais do País para mais de US$ 89 bilhões. Além disso, foi efetuado leilão de swap cambial reverso (equivalente a compras futuras), vendendo US$ 741,8 milhões referentes à rolagem de contratos que vencerão no início de fevereiro.

A cena nacional também teve influência do mercado externo, onde o baixo nível do Risco-Brasil (187 pontos-básicos) favoreceu o ingresso de recursos. As notícias de que o País ofertou US$ 500 milhões na reabertura do bônus Global 2037 (denominado em dólares) também colaborou com a vinda de dólares para o Brasil.

Apesar do cenário favorável, muitos investidores mantêm uma postura cautelosa por conta da reunião do Comitê de Política Monetária, iniciada nesta terça-feira. Amanhã, o Copom deve anunciar o novo índice da taxa básica de juro nacional. Hoje, a Selic está em 13,25%, e o mercado aguarda um corte entre 0,25% e 0,5%.

A expectativa foi formada a partir das declarações do ministro da Fazenda Guido Mantega, que durante o lançamento do Plano de Aceleração do Crescimento informou ao presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, que o mercado espera uma queda do juro brasileiro.