O Instituto Brasileiro de Meio Ambiente e Recursos Naturais Renováveis (Ibama) prepara a reestruturação de sua máquina administrativa, em um encontro nacional de dirigentes, que acontece até esta quinta-feira (25), no Instituto Israel Pinheiro, em Brasília. Com a presença de seus gerentes regionais, o órgão pretende modernizar a sua administração. "A idéia é tirar acréscimos ou vetos. Na administração pública sempre há defasagem. Como o órgão tem 435 unidades em todo o Brasil, é importante que se modernize", afirmou o presidente do Ibama, Marcos Barros.

Durante estes quatro dias, no entanto, o encontro não tratará apenas de burocracia. A idéia é discutir a política florestal brasileira, sobretudo em relação à Amazônia. Outros assuntos também serão tratados, como a questão das invasões de terras em Rondônia e a explosão do navio chileno Vicunã, no porto de Paranaguá, no Paraná.

Um outro ponto que será tratado é o da transposição do Rio São Francisco. No próximo dia 30, o Conselho Nacional de Recursos Hídricos decide se aprova ou não o projeto. Já o Ibama deve ter suas análises sobre a legalidade da transposição e uma posição sobre o licenciamento concluídas até o início do próximo ano, de acordo com o presidente do instituto.

Entre as metas do Ibama para 2005 estão a ampliação e aprofundamento sobre a questão do combate ao desmatamento, a organização da carcinicultura (cultura do camarão) na região Nordeste - hoje feito de maneira desordenada-, a preservação de matas de araucárias, bem como a aceleração do processo de desenvolvimento da BR-163, para ligar Cuiabá a Santarém. Segundo Marcos Barros, o objetivo é também criar reservas biológicas e unidades de conservação de uso restrito, como parques e florestas nacionais, promovendo o seu uso sustentável.