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Detector de metais em prédios públicos volta ao debate após massacre em SP

Durante a sessão, um Canal do YouTube tentou fazer um experimento social e o ator acabou tirado a força do plenário

Campo Grande News - 14 de março de 2019 - 14:00

O massacre em escola pública de Suzano (SP) virou debate hoje na Câmara de Vereadores sobre a necessidade da presença de guardas municipais nas escolas. Além disso, os parlamentares relembraram o projeto de lei 8.745/17 que garante detector de metais em prédios públicos, que foi vetado pela gestão passada. Com nervos à flor da pele depois da tragédia em São Paulo, até a encenação de um youtuber foi interpretada como ação "terrorista" na manhã desta quinta-feira. O homem pretendia registrar como um morador de rua é tratado dentro da Câmara e acabou retirado à força do plenário.

O vereador Eduardo Cury foi quem levantou a discussão sobre o massacre em Suzano. Para ele é preciso encarar esses tipos de ataques em escola na raiz, ou seja, na família. Segundo o parlamentar, o debate sobre a facilitação do armamento não tem relação com os crimes; para ele, tudo começa quando se perde os valores da família e a atenção dos pais é terceirizada.

O posicionamento somou opiniões diversas, inclusive críticas ao comando da Guarda. O vereador Carlos Augusto Borges, o Carlão, aproveitou para relembrar o projeto de lei 8.745/17, que foi arquivado. O texto dispõe da obrigatoriedade da instalação de detectores de metal nas escolas.

Carlão criticou a atitude do comandante da Guarda, o policial federal Valério Azambuja de desviar o papel da Guarda Municipal. "Ele quer dar poder de polícia à Guarda, mas retirar o verdadeiro papel dos servidores, que é o de proteger prédios públicos. Então, se a Guarda vai ser desviada para multar carro no Centro e fazer policiamento ostensivo, que eu até concordo, tem que mudar a lei. Não sei da onde veio esse Azambuja, de que paraquedas que caiu, só sei que eu acho ele um incompetente”, frisou.

O vereador também criticou o alto número de Guardas em locais desnecessários. “Vai na PF, se você não encontrar 12 guardas municipais tiraram agora. Ah, mas tem convênio! Então tirem os guardas de lá e coloque nas ruas. Aqui na Câmara também tem guarda aqui abrindo portão. Mas é questão de gestão, eu não pediria. Pra mim a câmara contrata dois policiais militares aposentados para as sessões. Em dia de manifesto aumenta o efetivo. Ter um guarda na escola não quer dizer que vai salvar, mas ele estará em ponto estratégico”, explicou e completou dizendo que, assim como já existe Assembleia, a Câmara também necessita de um detector de metais.

Custo – Borges ressalta que o projeto de lei sobre detector de metais está com valores desatualizados. No entanto, lembra que, na época, propôs que o valor das portas de detector já fosse incluído no investimento de construção.

“Há vários preços, mas se a escola fosse custar 1,7 milhão e a porta R$ 130 mil, já constaria o valor de R$ 1,8 milhão. E nas escolas já existentes pediríamos Para o executivo fazer um projeto e mandar para a câmara aprovar. É pra isso existe recurso federal. Assim como em casos de urgências, e segurança não é um assunto supérfluo não é utopia. Inclusive, ontem recebemos muitas ligações de câmaras do país pedindo cópia do projeto, por exemplo, uma câmara de Minas Gerais”, disse.

Experimento social - Um dia após o massacre em Suzano e pouco tempo depois do debate sobre segurança na Câmara, um ator de um canal no YouTube tentou um experimento social e acabou expulso do lugar.

De touca e com as veste sujas, o youtuber entrou livremente no Plenário, mas foi barrado quando se dirigiu de forma "suspeita" aos vereadores. Em princípio, ele foi barrado pelo segurança da Câmara e, em seguida, retirado por dois guardas municipais.

A segurança da Câmara afirma que este é um procedimento padrão, quando há recusa da apresentação da documentação pessoal. No entanto, à reportagem, o ator negou ter se recusado a apresentar o documento.

A assessoria de impressa do presidente da Casa de Leis, vereador João Rocha, criticou o "time" da ação, devido a recente tragédia na escola de São Paulo.

Para o vereador Wellington de Oliveira, a ação foi terrorista. "Entra vestido com uma carapuça", pontuou. "É um ato terrorista, aqui não é redoma de experiência, estamos trabalhando", criticou.

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