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Geral

Depois do susto, Clara dá bronca em quem deixa água parada

Correio do Estado - 21 de março de 2019 - 14:15

O sorriso da menina Clara hoje é alternado com as broncas que ela tem para a vizinhança toda em relação aos cuidados com a dengue. Aos 6 anos, a estudante passou 10 dias internada com dengue hemorrágica na Santa Casa da Capital. Superarticulada, a inocência infantil faz ela resumir o susto passado por toda a família com a frase: “No hospital foi legal”. Clara Cecília Zanatta chegou a ser notícia nos veículos de imprensa por precisar de doação de plaquetas.

Apesar de a família ser da área de humanas, a matéria que a garotinha mais gosta é Matemática. No 2º ano da escola, o choro se dividiu entre as 23 agulhadas que ela levou ao longo do tratamento e a saudade que teve da sala de aula. Mesmo depois da alta, foi necessário um tempinho a mais de repouso.

Os primeiros sintomas de Clara foram dor de barriga, de cabeça e febre. Junto dela, o pai também pegou a doença e, depois de alguns dias, a irmãzinha de 1 ano. Por sorte, nenhum caso foi tão grave quanto o de Clara.

Durante a entrevista é possível notar que a atenção dela está também ao nosso redor. Se tem algum mosquito perto, ela já corre para matar e grita: “Xô daqui, você”. As janelas da casa ganharam telas de proteção e o repelente virou o melhor amigo da família.

Questionada sobre como se pega a dengue, Clara responde: “Quando o mosquito pega e pica, ué”. Parece óbvio para ela, mas não para a vizinhança. “Só o meu vizinho que não sabe que não pode deixar água parada. A vontade é de mandar ele embora”, briga. De fato, a vizinhança relaxou e Clara conseguiu ver água parada nos vasinhos de planta e também nos potinhos dos cachorros. “Mas é que toda hora ele está viajando”, entrega a estudante.

PREVENÇÃO

Jornalista e proprietária de restaurante, Márcia Chiad nunca pegou dengue. Talvez seja por viver ao redor das plantas ou por cuidar tão bem dos vasinhos de temperos e ervas que saem da horta para os pratos dos clientes. Como preventivo, ela ensina que a receita pode estar nos aromas que repelem o mosquito. Pau-incenso é o raminho da primeira foto ao lado, que pode ser usado num borrifador com álcool nos ambientes dentro e fora de casa. Na mesma imagem estão citronela, que funciona como repelente natural, e uma mistura dela com álcool curtido com cravo em um pote. “Coloca o cravo e a citronela no álcool e deixa por cinco ou 10 dias; a partir do 5º dia, ele já está bem concentrado”, explica Márcia. O líquido pode ser usado para limpar o chão de casa, por exemplo. “É importante dizer que eles afastam o mosquito pelo cheiro, mas não matam, só repelem”, reforça Márcia. O mesmo vale para o limão com cravo, que também tem ação repelente.

SINTOMAS E SINAIS DE ALARME

* Febre alta (acima 38,5ºC);
*Dores de cabeça, musculares e nos olhos;
*Mal-estar;
*Falta de apetite;
*Manchas vermelhas;
*Dor abdominal intensa e contínua ou dor à palpação do abdôme;
*Vômitos persistentes;
*Acumulação de líquidos;
*Sangramentos;
*Aumento progressivo do hematócrito;
*Queda abrupta das plaquetas.

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