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Delúbio e Sílvio recusam-se a falar para Corregedoria
A Comissão de Sindicância da Corregedoria da Câmara, que investiga a existência do suposto esquema do mensalão, pago a deputados da base aliada do governo, ouviu nesta quarta-feira, em reunião reservada, por cerca de meia hora, o ex-secretário de Comunicação do PT Marcelo Sereno. Ele saiu sem dar entrevistas e os deputados da comissão não deram detalhes sobre o depoimento, apesar de terem afirmado que foi bastante esclarecedor.
Além de Sereno, também deveriam ter sido ouvidos o ex-tesoureiro do PT, Delúbio Soares, e o ex-secretário-geral do partido, Sílvio Pereira, mas ambos enviaram ofício à corregedoria dizendo que não compareceriam.
O relator da Comissão de Sindicância, deputado Robson Tuma (PFL-SP), disse que, na correspondência, eles afirmam que todos os esclarecimentos já foram prestados em seus depoimentos à CPI Mista dos Correios. Mas a justificativa não convenceu o relator. "O fato que está sendo investigado na CPMI dos Correios não é o mesmo analisado pela Comissão de Sindicância, portanto é muito importante que Sílvio Pereira e Delúbio Soares venham à comissão, afirmou.
Essa foi a terceira vez que Delúbio Soares e Sílvio Pereira não atendem ao convite da Comissão de Sindicância, mas o deputado Robson Tuma disse que vai convidá-los novamente.
Também em sessão secreta, a corregedoria ouviu nesta quarta-feira o deputado Mario Heringer (PDT-MG), citado pela imprensa como testemunha de uma conversa sobre o suposto mensalão. Amanhã, a Comissão de Sindicância deve ouvir funcionários dos Correios às 10 horas.
Reportagem Geórgia Morais
Edição - Patricia Roedel