O senador Delcídio Amaral (PT-MS) afirmou ao Campo Grande News nesta tarde que não pretende disputar o comando regional do partido, no lugar de Paula Terra, como vêm defendendo lideranças petistas como os deputados federais Vander Loubet e Antônio Carlos Biffi. “Para mim seria muito complicado, com as atividades que já estou desempenhando. Neste momento o PT precisa de um presidente que fique no Estado. Eu passo pelo menos três dias por semana fora”, explica Amaral, que é líder do PT no Senado e presidente da CPMI dos Correios.

Ele diz que ponderou junto aos petistas no Estado que o melhor para o partido seria escolher outro nome, sem apontar preferidos.

Articulação com aliados – Amaral reconhece que, à frente do PT, poderia conduzir o processo de articulação com os aliados, já que é o pré-candidato da sigla ao Governo do Estado em 2006. Ainda assim, o senador destaca a preocupação de “ordem operacional”. “Não terei condições. Vou conversar com os deputados federais para avaliar”, diz, contando com a compreensão com a bancada federal petista. Amaral diz que o posicionamento pessoal é não assumir o PT, mas que está sempre aberto ao diálogo.

Ben-Hur – O senador afirma que ainda não assimilou o “soco no fígado” com a desistência do ex-deputado federal Ben-Hur Ferreira de concorrer ao diretório regional pelo Campo Majoritário. Até por isso, Amaral prefere não apontar candidatos favoritos. “Não apoio ninguém, até porque a desistência do Ben-Hur foi uma grande surpresa. Um soco no fígado que me deixou zonzo no ringue”, diz Amaral. O senador destaca que procurou o ex-deputado federal várias vezes, mas que não obteve retorno.