O Ministério da Previdência Social teve um aumento de 3,5% na arrecadação previdenciária de abril, comparada a março, quando registrou entradas de R$ 8,598 bilhões. Ao mesmo tempo, contabilizou cerca de 40 mil benefícios a menos no mês. Os números ainda não são definitivos.

O somatório desses dois fatores possibilitou que o déficit previdenciário crescesse R$ 2,013 bilhões, o menor dos últimos 12 meses, conforme revelou o ministro Romero Jucá em entrevista coletiva em seu gabinete para dar a notícia.

O desempenho das contas fez com que a necessidade de financiamento do Regime Geral da Previdência Social (RGPS) fechasse o quadrimestre janeiro-abril em R$ 10,599 bilhões. Abaixo, portanto, do déficit estimado nas metas orçamentárias, que seria de R$ 12,542 bilhões.

Jucá afirma que o déficit previdenciário continuará em queda em maio, pois a arrecadação, segundo ele, mantém tendência de alta na medida em que a economia gera mais empregos. Isso "é uma importante sinalização para o mercado de trabalho", disse.

O déficit da Previdência no ano deve ser em torno de R$ 32 bilhões, segundo Jucá. O equivalente, portanto, a toda a arrecadação previdenciária do quadrimestre, que ficou em R$ 32,6 bilhões.

O ministro disse que já está havendo mais controle sobre os desembolsos relativos a sentenças judiciais, e haverá cruzamento completo de cadastros de órgãos governamentais para evitar o pagamento de benefícios irregulares. Romero Jucá afirmou que o Ministério tem "indicações de possibilidades de fraudes" em 165 mil benefícios, mas só não determinou, ainda, a suspensão de tais benefícios, para não cometer injustiças.