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Deficientes: Governo estuda melhoria do atendimento

Irene Lôbo / ABr - 25 de maio de 2004 - 15:55

O governo está discutindo a inclusão de serviços de assistência odontológica, atenção domiciliar e a inserção da reabilitação nas ações básicas de saúde voltadas para os portadores de deficiência. Segundo a coordenadora da área técnica de Saúde da Pessoa com Deficiência do Ministério da Saúde, Sheila Miranda, estados e municípios trabalharão para ampliar a assistência às pessoas com deficiência.

“Já iniciamos uma discussão para ampliar o atendimento não só para reabilitação e concessão de órteses e próteses, mas também nessas outras áreas”, informou Sheila.

Dos 170 milhões de brasileiros, 24,5 milhões declaram-se portadores de alguma deficiência, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A maioria vive na região Sudeste (9,3 milhões), seguido pelo Nordeste (7,9 milhões), Sul (3,5 milhões), Norte (2 milhões) e Centro-Oeste (1,6 milhão).

O Ministério da Saúde prevê um orçamento anual de R$ 255,6 milhões para o atendimento a pessoas portadoras de deficiência, seja na área visual, motora, física, mental ou auditiva. Além da assistência dos profissionais de saúde, o dinheiro é gasto com a compra de órteses, próteses, cadeiras de rodas, bengalas, andadores, aparelhos auditivos e óculos.

Apesar de volumoso, os recursos nem sempre chegam às comunidades mais carentes e ao interior do país. Segundo Sheila, isso acontece porque algumas regiões carecem de pessoal para melhorar a gestão local dos recursos, dificuldade encontrada principalmente nas regiões Norte e Nordeste.

“A verdade é que muitas vezes a gestão local dificulta o atendimento. Faltam ainda recursos humanos suficientes para atuarem no interior dos estados, a reabilitação acontece ainda muito nas capitais”, explica.

O problema poderá ser resolvido caso o Ministério da Saúde decida inserir a reabilitação nas ações de atenção básica à saúde, como o Programa Saúde da Família, que atua de forma descentralizada.

“Eles também poderiam implantar mais centros de reabilitação gratuitos para a população em geral e fazer campanhas preventivas para evitar acidentes de carro, mergulhos perigosos e acidentes em geral”, sugere Cristiano Cajazeira, de 18 anos, que há dois anos fraturou a coluna vertebral quando, sem perceber, mergulhou num local de pouca profundidade.

Segundo a técnica do Ministério da Saúde, Sheila Miranda, os portadores de qualquer tipo de deficiência podem procurar informações sobre os centros de reabilitação da cidade onde moram nas secretarias estaduais ou municipais de Saúde. Hoje existem 221 unidades de reabilitação cadastradas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em todo o Brasil.

“Cada secretaria estadual ou municipal de saúde tem uma pessoa de referência na área de atenção à pessoa com deficiência. Essa pessoa tem uma relação das instituições que atendem pessoas com deficiência. O cidadão também pode ser reportar à nossa coordenação, que também dispõe de uma relação de instituições que dão suporte às pessoas com qualquer tipo de deficiência, seja auditiva, seja mental ou motora”, informa Sheila.

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