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Defendida a redução de abate de matrizes

Mapa Imprensa - 14 de abril de 2004 - 08:06

A Câmara Setorial da Cadeia Produtiva da Carne Bovina deve encaminhar ao ministro Roberto Rodrigues, nos próximos dias, um estudo para criação de uma linha de financiamento de retenção de matrizes bovinas, a fim de evitar o elevado índice de abate desses animais. A decisão foi anunciada ontem durante a primeira reunião ordinária do ano do órgão consultivo vinculado ao Conselho do Agronegócio (Consagro), do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) “Vamos apresentar uma proposta para que a gente possa coibir o abate excessivo de matrizes”, informa o presidente da câmara, Antenor Nogueira.

O aumento do abate de matrizes no Brasil está preocupando a cadeia produtiva da carne bovina. “Nos últimos oito a dez meses, segundo dados do Centro de Pesquisas e Estudos Agrários e do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, esse abate tem sido em torno de 37% a 40% a mais do que se vem abatendo na média normal de desfrute e de reposição do setor pecuária”, revela Nogueira. “Isso significa que já teríamos cerca de dois milhões e meio de bezerros a menos para engorda no país em 2005.”

De acordo com o presidente da Câmara da Carne Bovina, a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) também está elaborando de uma proposta para retenção de matrizes bovinas. “O produtor precisa de condições para que possa ter acesso a um determinado volume de crédito para suprir as suas necessidades de dinheiro. Com isso, não vai matar suas matrizes para fazer caixa.” Nogueira ponderou, porém, que ainda não foi apurado qual o valor do limite de financiamento por pecuarista para implementar o programa.

Aftosa - Durante a reunião da câmara, também foi apresentado um sistema desenvolvido pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) para detectar se o animal foi ou não vacinado contra a febre aftosa. “É um trabalho excepcional. O Brasil precisa patentear logo esse sistema e deixar de importar tecnologia semelhante”, diz Nogueira.

Outro tema tratado na reunião foi o Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bobina e Bubalina (Sisbov). A coordenadora nacional do Sisbov, Denise Euclydes Mariano, apresentou aos integrantes da Câmara da Carne Bovina as normas regras operacionais do sistema, que permitem padronizar o selo de identificação, ajudar no combate às doenças e rastrear os animais a partir dos 40 dias de idade.

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