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Conselho decide não abrir novo processo contra Jefferson

Agência Câmara - 05 de agosto de 2005 - 07:57

O Conselho de Ética e Decoro Parlamentar decidiu hoje juntar a segunda representação feita pelo PL contra o deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) com a primeira. A primeira tratava das denúncias sobre o suposto esquema de pagamento de mesadas a deputados, que ficou conhecido como "mensalão". A segunda especifica que o deputado teria mentido ao dizer que o deputado José Múcio Monteiro, líder do PTB, teria participado de uma reunião sobre o "mensalão". José Múcio negou que o tema tivesse sido esse. A segunda representação também cita a confissão feita pelo deputado Roberto Jefferson de que teria recebido, de maneira irregular, R$ 4 milhões do PT, e um suposto envolvimento do deputado em uma quadrilha de roubo de cargas no Rio de Janeiro.
Ao decidir não abrir uma nova representação, o conselho mantém o mesmo relator para as todas as denúncias. Na opinião do presidente do Conselho de Ética, Ricardo Izar (PTB-SP), a decisão evita questionamentos jurídicos.

Prazo
Ricardo Izar afirmou que, mesmo com os novos elementos acrescentados ao processo contra Jefferson, ele pretende encerrá-lo em setembro. O prazo do conselho se encerra no dia 8 de setembro, mas Izar informou que deve pedir uma prorrogação de dez dias. O presidente do conselho também garantiu que Roberto Jefferson terá direito a ampla defesa diante das novas acusações.
O deputado disse que vai formar uma comissão de três deputados para analisar os seis novos pedidos de cassação apresentado pelo PL assim que eles chegarem ao conselho.
Ele considera que algumas representações podem ser arquivadas por terem argumentos frágeis. Seria o caso, em sua avaliação, do pedido contra o deputado Dr. Francisco Gonçalves (PTB-MG), cuja motivação foi o fato de ele ter afirmado que sabia da existência de malas de dinheiro no Congresso e não ter feito denúncia na época. As representações contra os deputados do PTB Sandro Matos (RJ), Neuton Lima (SP), Alex Canziani (PR) e Joaquim Francisco (PE) também foram citadas por Izar. O PL diz que existe suspeita de que os quatro teriam utilizado em suas candidaturas a prefeito em 2004 parte dos R$ 4 milhões que Roberto Jefferson declarou ter recebido do PT para campanhas eleitorais sem contabilizar os recursos.

Novas reuniões
Na próxima terça-feira (9), o conselho fará nova reunião interna, e na quinta-feira (11) será ouvido o deputado José Borba (PMDB-PR). No dia 16, está marcado o depoimento do ex-tesoureiro do PTB, Emerson Palmieri.
Ricardo Izar afirmou ainda que hoje já deve ter uma resposta da consultoria da Câmara sobre a possibilidade de abrir processo contra o deputado José Dirceu (PT-SP) por supostas irregularidades cometidas no período em que estava licenciado da Casa e ocupava a chefia da Casa Civil da Presidência da República.


Reportagem - Sílvia Mugnatto
Edição - Marcos Rossi


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