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Como o estresse e ansiedade podem prejudicar a gravidez e o bebê

Cuidado Materno - 05 de outubro de 2015 - 09:00

Todo mundo sabe o quanto é comum as mães se preocuparem com os filhos. Na gravidez isso também acontece, pois a mãe que espera o bebê, mesmo não tendo sido programado, cria fantasias e expectativas em relação a ele.

Que grávida nunca ouviu a frase: “Isso pode fazer mal para o bebê?”

Em minha experiência com gestantes, vejo mães preocupadas com a criança, cheias de dúvidas e inseguranças sobre como e o que fazer para que ela nasça totalmente saudável e tenha um bom início de vida. No entanto, um aspecto para o qual sempre estou atenta é o quanto essas preocupações podem ser excessivas e, com isso, tornar-se um problema, gerando um estresse que talvez prejudique a mãe e consequentemente o bebê.

Tenho constatado também muita ansiedade relacionada ao excesso de informações disponíveis nos mais variados meios de comunicação. Por causa disso, as mães, mesmo sem querer, são invadidas por informações até mesmo contraditórias relacionadas à gravidez, parto, e cuidados com o bebê. Algumas chegam até a ficar confusas sobre a forma de proceder nos casos que merecem maior atenção. Um exemplo disso são as opiniões divergentes sobre preparar ou não o seio para o aleitamento ainda durante a gravidez.

Sabe-se que o estresse e a ansiedade fazem com que a glândula suprarrenal libere na corrente sanguínea quantidades elevadas de hormônios, como adrenalina e cortisol. Estudos nos mostram que, com o aumento desses hormônios, pode ocorrer uma queda das funções orgânicas, como perda da resistência imunológica, deixando o organismo mais vulnerável às doenças, como infecções e inflamações. É possível que outros sintomas, como diminuição ou aumento da pressão arterial, problemas cardíacos, diabetes e lesões de pele, também decorrentes do estresse e ansiedade acometam não só a mãe, mas também o bebê e, nos casos mais graves, até provoquem trabalho de parto prematuro, prejudiquem o crescimento do bebê e causem até sofrimento fetal.

As dificuldades, bem como os imprevistos que fazem parte da vida de qualquer pessoa, talvez tenham um peso maior no equilíbrio emocional da gestante. Todavia, nesses casos, o importante é manter a calma e tentar confiar nos cuidados médicos que ela está recebendo no pré-natal. O apoio familiar é fundamental para a mulher nesse momento, pois contribui bastante para tornar seu dia a dia mais seguro e tranquilo.

Buscar orientações sobre como ela deverá proceder quando o bebê nascer também pode amenizar a ansiedade da mãe, pois o universo dela gira em torno do bebê e é muito importante que se prepare para recebê-lo serena e naturalmente. É possível que esse preparo contribua muito para sua tranquilidade e proporcione ao bebê um bom início.

No entanto, é importante que ela tente observar se a ansiedade ou o estresse está prejudicando seu cotidiano ou causando desconfortos físicos e emocionais. Caso isso aconteça, é importante que a gestante não hesite em procurar ajuda, seja de um psicólogo ou até mesmo do próprio obstetra que a acompanha. A avaliação do quadro deve ser feita com cautela e cuidado, a fim de que ela seja orientada da melhor forma possível em relação ao tratamento que poderá ser feito, seja ele psicoterapêutico, medicamentoso ou uma combinação dos dois.

Sabemos que a gravidez deve ser bem acompanhada para que o bebê nasça em condições saudáveis. Entretanto, o ambiente que o receberá é restrito no começo à mãe e ao que a envolve. Se ela não estiver bem, o bebê certamente captará isso e seu início de vida talvez seja prejudicado – justamente o período em que suas necessidades devem ser atendidas com serenidade. Do contrário, se esse ambiente não estiver em equilíbrio, ou seja, se a mãe não estiver bem, esse início poderá interferir na saúde psíquica do bebê, o que também se refletirá em sua saúde física.

Por Cynthia Boscovich

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