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Classe empresarial argumenta e prefeito interrompe tombamento de canteiros

Assessoria de imprensa - 24 de junho de 2014 - 13:00

O projeto de tombamento dos canteiros centrais da Avenida Afonso Pena, principal via da Capital, foi suspenso temporariamente. A decisão foi tomada ontem (23), pelo Prefeito Gilmar Olarte a pedido da Associação Comercial e Industrial de Campo Grande, Conselho do Comércio do Centro e Conselho Comunitário de Segurança da região Central, que explicaram os prejuízos ao desenvolvimento da cidade e também à classe empresarial da região central.

Com o tombamento, a construção de corredores de ônibus nos canteiros centrais seria repassada para a lateral direita da avenida, o que reduziria cerca de 800 vagas de estacionamento de ponta a ponta da via. As obras seriam feitas com o recurso do governo federal, R$ 180 milhões advindos do PAC da Mobilidade.

Na reunião, Olarte se mostrou contrário ao “engessamento” dos canteiros. “A quem interessa esse jardim vitalício? A quem interessa o enfraquecimento do centro?”, questionou o prefeito. “Vamos segurar esse projeto, revisar e conversar novamente. Depois articularemos com o Ministério Público para retificar”, completou.

Presidente da ACICG, João Carlos Polidoro esclareceu que a classe empresarial não é contrária ao tombamento das árvores da Afonso Pena e sim à totalidade do canteiro. “O prefeito já se mostrou sensível à causa e compartilha de nossa opinião. Não podemos sacrificar ainda mais os empresários do Centro,” disse.

O assunto foi levantado pelo primeiro-secretario da ACICG, Roberto Oshiro, na audiência pública do último dia 18, na Câmara de Vereadores de Campo Grande, que abordou as demandas do Centro da Capital. “Alertamos para a comunidade presente no evento os impactos que essa ação teria para o comércio. Também é importante ressaltar que o tombamento impossibilitará o alargamento da Afonso Pena, futuramente”, disse Oshiro.

Os problemas que a falta de vagas de estacionamento está provocando ao comércio foram frequentemente debatidos no encontro com o prefeito. “Vemos que a padronização aplicada na Dom Aquino, proposta por administração anterior, provocou a morte de vários estabelecimentos no local. Basta passar pela rua para ver placas de vende-se e aluga-se”, ressaltou o presidente Conselho Comunitário de Segurança da Região Central, Adeilaido Luiz Spinosa Vila.

A questão trouxe à tona, novamente, a necessidade de soluções para a falta de estacionamento na região. O prefeito mencionou que possui um modelo espanhol de estacionamento subterrâneo que ainda está sendo analisado.

Polidoro também retomou a sugestão do projeto proposto pela entidade. “A ideia é utilizar do estacionamento da Feira Central para que empresários e trabalhadores do comércio desafoguem a área do centro, assim a Prefeitura criaria um transporte coletivo para levar ao centro quem fizesse uso da nova área”, revelou. O sistema contemplaria também consumidores da região.

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