Pesquisador francês do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica (INSERM) afirmou que cirurgia diminuiu em 42% o risco de se contrair a doença em média. Taxa de proteção ficaria em torno de 65%.

Durante a 3ª Conferencia da IAS (Sociedade Internacional de Aids em inglês), o pesquisador francês Auvert Bertran, do Instituto Nacional de Saúde e Pesquisa Médica (INSERM – França), afirmou que a circuncisão em homens pode contribuir decisivamente na redução da contaminação masculina de Aids através de relação sexual (no caso de homossexuais, do parceiro ativo). Segundo Bertran, a prática diminuiu em média 42% o risco de se contrair o vírus do HIV no grupo estudado em relação aos homens que não realizaram a cirurgia.

Segundo Bertran, o primeiro estudo que analisava a relação entre circuncisão e diminuição do risco de infecção masculina do HIV foi realizado em 1986, o que em termos históricos é relativamente recente. Na opinião de Bertran, com os resultados do estudo realizado por ele e sua equipe em Orange Farm, região da África do Sul próxima a Joanesburgo, esta relação se tornou um fato, cabendo ao aos profissionais decidir como vão usar essa informação.

Durante a conferência, o pesquisador apresentou outros dados curiosos e de grande relevância para a questão da epidemia de AIDS, que se espalha rapidamente pelo mundo e assola particularmente o continente africano. Segundo ele, em homens que queiram realizar a cirurgia a proteção contra a infecção do HIV chegaria a 65%, com um intervalo de confiança que variaria entre 40% e 80% – mais uma prova, segundo ele, de que esta seria uma ação efetiva no sentido de controlar a disseminação do vírus HIV.

Bertrand afirmou, ainda, que durante seu trabalho pôde constatar que 70% dos homens heterossexuais entre 18 e 24 anos não circuncidados que participaram da pesquisa aceitariam a circuncisão se ela realmente pudesse reduzir as chances de eles contrariem a doença.

Agência Notisa (jornalismo científico - science journalism)