Empresas que prestam assistência técnica rural, antigos agricultores, empresas de aviação agrícola confirmam. Nos últimos 25 anos Chapadão do Sul não viveu um fevereiro tão atípico como o do corrente ano.

Começam a ser calculadas as perdas no campo.

Na reunião dos agricultores que discutiram a crise nos preços agrícolas, realizada no dia 23 de fevereiro, na Casa do Produtor, foi feita uma pesquisa entre os presentes pela Jovem Sul News.

NÚMEROS CATALOGADOS NA AMOSTRAGEM

MILHO, área plantada de 18.956 ha, perda em 2.546 ha, ou 13,43%.

SOJA, área plantada de 25.978 ha, perda em 2.968 ha, ou 11,42%.

Nos últimos dois dias, técnicos que percorreram a zona rural do município e região confirmam perdas maiores.

Terras dos chapadões, mais argilosa:

. MILHO perdas foram insignificantes, confirmando-se a amostragem acima;
. SOJA em 50% da área a produção continua garantida, em 30% a produção já está em 70% da prevista e em 20% a produção será de 20 a 50% dos grãos estimados inicialmente.

Terras arenosas e mistas fora do espigão argiloso dos chapadões:

. MILHO é pouco plantado nessas áreas, mas as perdas pela seca são pequenas;
. SOJA a perda é acima de 80%; em muitas propriedades será de 100%.

Há previsão de chuva para o final de semana, mas teme-se que em muitas lavouras a situação já seja irreversível. Os pés de soja secaram antes de ocorrer o enchimento dos grãos.

Quanto ao algodão, planta mais resistente ao stress hídrico, ainda é cedo para se fazer avaliação da produção na presente safra. É certo, entretanto, que algum prejuízo o forte calor das últimas semanas tenha causado.

No pátio da Jovem Sul, no corrente mês, foram registrados 20 mílimetros de chuva, insignificante precipitação diante das altas temperaturas registradas. Nos últimos dias, à sombra, registrou-se no meio da tarde 35 graus, bem acima das médias máximas históricas de verão em Chapadão do Sul, onde dificilmente os termómetros passam dos 30 graus.