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Cesta básica de abril tem aumento de 3,15%

07 de maio de 2008 - 14:38

Em pesquisa divulgada no dia 30 de abril, o governo do Estado, por meio da Secretaria de Estado do Meio Ambiente, das Cidades, do Planejamento da Ciência e Tecnologia (Semac), constatou aumento de 3,15% no custo da cesta básica alimentar em Campo Grande, em comparação com o mês de março. Em abril ela custou para o consumidor R$ 195,49, sendo que em março o valor ficou em R$ 189,52.

A cesta alimentar campo-grandense é composta por 15 itens de gêneros alimentícios básicos, definidos com base no decreto-lei n° 399/38 de 30/04/1938, que dispõe sobre a fixação do salário mínimo, bem como sobre a lista de provisões necessárias à alimentação diária do trabalhador adulto. A escolha destes 15 produtos da pesquisa foi definida levando-se em conta também a cultura alimentar da região, considerando as recomendações feitas pela Organização Mundial de Saúde.

Quanto às variações acumuladas, apuraram-se nos últimos 12 meses alta de 16,15%, nos últimos seis meses alta de 16,96% e no corrente ano, 9,74%. A pesquisa constatou que dos 15 produtos que compõem a cesta básica, oito registraram altas: tomate (21,69%), carne (10,40%), pão francês (8,69%), leite (6,92%), batata (3,38%), açúcar (3,05%), macarrão (2,73%) e óleo (2,30%). O arroz manteve seu preço inalterado. Os produtos que acusaram queda foram: laranja (-10,38%), margarina (-9,48%), banana (-7,06%), sal (-3,85%), feijão (-1,88%), alface (-1,57%).

Devido ao período de entressafra, o tomate continua em alta (21,69%). A produtividade da safra de inverno do produto foi afetada pelos fatores climáticos e pode influenciar numa persistência de alta no preço do produto.

O pão (8,69%) e o macarrão (2,73%) registraram alta em conseqüência das cotações internacionais do trigo, pois a oferta mundial do produto encontra-se com baixos estoques e aponta continuidade da tendência de alta em seus preços. Com o início do período de safra da laranja, aumentou o volume ofertado no mercado e o preço diminuiu (-10,38%).

Na quarta semana do mês de abril o feijão assinalou uma pequena queda em alguns estabelecimentos varejistas, como estratégia em promoções objetivando a atração do consumidor, registrando para o mês de abril queda de -1,88%. Vale destacar que, nos últimos seis meses, o feijão foi o produto que obteve a maior alta (108,55%).

Considerando o trabalhador que recebe um salário mínimo de R$ 415,00, restou-lhe R$ 219,51. Isso significa que 52,89% de sua renda foi utilizada para atender outras necessidades básicas como: água, energia, saúde, serviços pessoais, vestuários, lazer e outros. Em relação ao mês anterior, o trabalhador precisou desembolsar mais R$ 5,97 para aquisição da cesta básica alimentar.

Em abril de 2007, o trabalhador gastava 44,29% do seu salário para adquirir a cesta básica e este ano gastou 47,11%. Mesmo com o aumento do salário mínimo de R$ 380,00 para R$ 415,00, o trabalhador está gastando mais 16,16% para adquirir a cesta, uma vez que o custo em abril/07 era de R$ 168,29 e no mês vigente, R$ 195,49.

Cesta básica familiar

A partir de maio de 1991, passou a ser divulgado o custo mensal da cesta básica recomendada para uma família com cinco indivíduos, cuja base iniciou-se em abril de 1991. A cesta básica familiar é composta por um painel fixo de produtos, que devem preencher as necessidades para higiene, limpeza e alimentação. São pesquisados 32 produtos de alimentação, cinco produtos de higiene pessoal e sete produtos de limpeza doméstica, selecionados através de hábitos de consumo.

O índice da cesta familiar de Campo Grande em abril deste ano também registrou alta de 1,30%, fechando o mês com um custo de R$ 871,03 e no mês de março foi de R$ 859,82. O aumento no custo de aquisição da cesta foi de R$ 11,21 em relação ao mês anterior.

As variações acumuladas nos últimos 12 meses e nos últimos seis meses e no ano contabilizaram, respectivamente, 4,34%, 7,96% e 4,18%. Entre os 44 produtos pesquisados que compõem a cesta familiar, 26 apresentaram alta de preços, 15 apresentaram queda e três produtos mantiveram seus preços inalterados.

Para o Grupo Alimentação, os produtos que apresentaram as maiores altas na pesquisa foram: tomate (21,63%), cebola (18,10%), farinha de trigo (12,21%), mamão (11,02%), carne (10,40%), pão (8,70%), leite (6,93%), ovos (5,51%), abobrinha (4,66%) e couve (3,70%). Os produtos que registraram maiores baixas foram: laranja (-10,38%), margarina (-9,41%), banana (-7,01), mandioca (-6,16%), fubá (-5,54%), sal (-5,30%), alho (-4,66%), doces (-4,12%), peixe (-2,24%), feijão (-1,87%) e alface (-1,54%). Arroz não apresentou alteração de preço.

A alta da cebola (18,10%) foi devido a um aumento nas importações, pois houve uma queda de produção nacional devido a fatores climáticos e redução na área de plantio.

Aumento nos custos de produção do leite e maior consumo do produto geraram uma alta em seu preço (6,93%). Com a intensificação da colheita da banana, houve uma maior oferta do produto e conseqüente queda de preço (7,01%).

O Grupo Higiene Pessoal (cinco produtos) registrou variação positiva de 0,99%. Papel higiênico (6,07%%), absorvente (4,41%) e sabonete (4,00%) registraram alta. Lâmina de barbear (-5,21%) teve seu preço em queda.

O Grupo Limpeza Doméstica (sete produtos) apresentou variação positiva de 1,21%, destacando os seguintes produtos: sabão em barra (4,76%), cera em pasta (1,58%), sabão em pó (1,26%) e esponja de aço (0,65%). Os que apresentaram quedas de preço foram: desinfetante (-2,58%) e água sanitária (-1,55%). Detergente não registrou alteração de preço.

Em termos de renda versus salário mínimo, a pesquisa verificou que houve um comprometimento de 41,98% do valor total da renda familiar, considerando cinco salários mínimos, R$ 2.075 para atender uma família composta por cinco membros.

Daniela Benante

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