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Geral

Brasil - Onde o futuro nunca chega

Manoel Afonso - 06 de junho de 2016 - 10:17

Os eleitores tem na memória a frase “Brasil – o país do futuro”, repetida exaustivamente ao longo dos anos, passando a impressão de que em pouco tempo teríamos lugar garantido no pódio das grandes nações do mundo.
Esse ufanismo era usado pelos governantes para levantar a alta estima da população - e ao mesmo tempo esconder as dificuldades da época. Nestas ocasiões, o potencial econômico do país era ressaltado; as condições climáticas, nossa extensão territorial e as perspectivas de se tornar o futuro celeiro do mundo graças a produção agrícola.


Os propagadores desta tese evidentemente preferiram ignorar outros fatores decisivos na evolução do país. Assim, foram ignorados o planejamento na educação e na tecnologia, os investimentos na saúde, saneamento básico, transportes e na infraestrutura em geral.


Passadas várias décadas do lançamento do bordão futurista e analisando o quadro das nações que deram salto de qualidade de v

ida, percebe-se que o equívoco, e o pior: continuamos na contramão da trilha seguida por vários países.
Países diminutos, enfrentando problemas de fenômenos naturais do clima e da geografia dos territórios, superaram o gigante Brasil. A Coréia do Norte, o extraordinário Japão, e vários países asiáticos estão na lista daqueles que escolheram certo suas prioridades.


Essa realidade é vista e analisada principalmente pelos jovens que se preparam para ingressar nas universidades - e aqueles que sonham em entrar no mercado de trabalho após a conclusão de seus cursos superiores.


Não é por acaso que um grande contingente deles estão buscando oportunidades em outros países, apesar da política discriminatória e de outras dificuldades naturais que se apresentam aos imigrantes.


O tempo vai passando e como agravante veio o desânimo provocado pelos sucessivos escândalos político-administrativos que sangram fundo nossa economia e provocam efeitos colaterais, principalmente para essa nova geração que se apresenta.


Assim, o ceticismo vai tomando conta da sociedade, que continua fazendo a sua parte, mas admitindo que ‘ o futuro pode estar ainda muito distante’. É pena!


De leve...

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