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Brasil faz a festa de recordes e medalhas na natação

Agência Brasil - 08 de fevereiro de 2004 - 17:23

O último dia da Copa do Mundo de Natação, que terminou neste domingo no Centro Esportivo Miécimo da Silva, foi uma festa de recordes, índices e medalhas para a equipe brasileira. A competição foi a primeira das duas seletivas para o Mundial em Piscina Curta de Indianápolis, que acontecerá em outubro deste ano, e reuniu a nata dos atletas nacionais e alguns grandes nomes internacionais. Foram oito recordes sul-americanos, nove brasileiros e oito nadadores com índices em 10 provas A etapa do Rio de Janeiro deu 25 medalhas aos brasileiros, que somadas às 14 ganhas em etapas anteriores, dá um total de 39 pódios.

O Rio de Janeiro encerrou o circuito de oito etapas da Copa do Mundo da Federação Internacional de Natação (Fina). Após a competição carioca, a eslovaca Martina Moravcova, que não nadou no Rio, venceu a disputa pelos US$ 50.000 dados pela Fina à melhor nadadora do circuito. A romena Camelia Potec e a ucraniana Yana Klochkova, ambas atletas de destaque no Miécimo da Silva, ficaram com o segundo e o terceiro lugares no geral e faturaram, respectivamente, US$ 30.000 e US$ 20.000.

No masculino, os três primeiros colocados não participaram da última etapa. Os americanos Ed Moses e Jason Lezak e ainda o sul-africano Ryk Neethling ganharam o prêmio máximo da Fina.
No Rio, Yana ficou ainda com o melhor índice técnico da competição, com 991 pontos, pelo desempenho nos 200m medley, e José Meolans ficou com o troféu masculino pela prova de 50m livre, com 980 pontos.

Mais uma vez, ficou provado que a Copa é mesmo um grande negócio para a natação brasileira. Além de motivar os atletas e promover o intercâmbio, movimenta uma torcida inédita. Passaram pelas roletas do Miécimo, somados os três dias de competição, apesar das fortes chuvas que castigaram Campo Grande por dois dias, cerca de cinco mil pessoas. Eduardo Fischer, medalha de ouro na final deste domingo nos 100m peito, disse que o público o empurrou para a vitória.

"Estava me sentindo cansado porque meu treinamento está muito pesado, mas os gritos da “galera” me incentivaram a continuar tentando o primeiro lugar", disse o nadador de Joinville, que no primeiro dia ganhou duas medalhas de prata (50m e 200m peito).

Rebeca Gusmão foi um dos grandes destaques da delegação do Brasil. A atleta da AABB de Brasília faturou medalhas e alguns dólares (US$ 3.000) na competição. Na primeira etapa, Rebeca conseguiu o recorde sul-americano dos 50m livre nas eliminatórias (24s81) e terminou com a prata na final. Com 54s40, na final do último dia, ela quebrou seu próprio recorde sul-americano dos 100m livre estabelecido nas eliminatórias de sábado à tarde (54s66).

"Foi um fim de semana recheado. Ganhei medalhas, bati recordes, fiz índices e ainda ganhei dinheiro! Foi excelente. Não nadava esta competição há quase dois anos. Esperava baixar os tempos, mas os resultados superaram minhas expectativas. Isto mostra que estou no caminho certo e me deixa confiante para o Sul-Americano, que é seletiva para a Olimpíada. Tenho quase certeza de que vou conseguir os índices em Maldonado", disse.

A jovem Joanna Maranhão fez o melhor tempo de sua vida nos 400m medley. Com 4m42s26, ela superou o próprio recorde brasileiro que era 4m42s27. Sobrecarregada com os treinos pesados visando aos Jogos Olímpicos e por uma parada forçada no início deste ano devido a uma amigdalite, Joanna se disse radiante com o resultado.

"No final de 2003, eu não estava com a cabeça muito boa. Cheguei até a me questionar se queria ou não ir a uma Olimpíada. Tudo aconteceu muito rápido na minha carreira e senti a pressão, pois todos dizem que tenho chances de chegar à final em Atenas. Mas conto nos dedos quantas competições de grande porte fiz até agora. Acho que foram no máximo 10. Cheguei a pensar em sair de Recife. Estava muito nervosa antes da Copa, mas estou aliviada. Devo esse resultado em parte ao Nikita, que é meu antigo técnico e agora supervisiona meus treinos, e ao Nuno Trigueiro, que é meu atual treinador. Ele ficou me mandando mensagens durante a competição, dizendo que sou capaz e eu acreditei", revelou.

Thiago Pereira, sempre evoluindo, bateu o recorde sul-americano dos 200m medley, com 1m58s16 e ficou com a prata. Kaio Márcio também foi segundo colocado, só que nos 100m borboleta, e bateu o recorde brasileiro, com a marca de 52s76.

As informações são da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos.

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