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Brasil deve exportar carne bovina para os Estados Unidos

Mapa Imprensa - 30 de setembro de 2004 - 09:19

Em no máximo um ano, os Estados Unidos devem começar a importar carne bovina brasileira in natura, pois não há mais motivos para postergar esta medida. A informação foi dada hoje (29/09), de Washington, por telefone, pelo secretário executivo do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, José Amauri Dimarzio. Entre outras ações, ele negocia a abertura do mercado norte americano para o produto brasileiro. Segundo o secretário, logo após as eleições presidenciais nos Estados Unidos o governo americano fará uma consulta pública para avaliar o início das importações.

O secretário, que manteve reuniões com representantes do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos, disse que o governo americano garantiu que os focos de aftosa ocorridos em junho no Pará e agora em setembro no Amazonas não vão interferir nos resultados da análise de risco feito pelos técnicos americanos nos 15 estados brasileiros considerados livres de febre aftosa.

“Isso representa uma grande vitória do Brasil e o reconhecimento do nosso trabalho por parte do Departamento de Defesa Sanitária Animal americano”, ressaltou Dimarzio. Amanhã (30/09), às 14h40, em Nashville, estado do Tennessee, o secretario reúne-se, no Gaylord Opryland Hotel, com representantes do Conselho de Importadores de Carne da América (MICA). Ele vai solicitar apoio da entidade para acelerar o processo de compra da carne brasileira.

Em sua visita aos Estados Unidos, Dimarzio também está dando início às negociações para que o Brasil comece a exportar carne avícola industrializada para aquele país. Em janeiro, disse o secretário, haverá uma reunião no Brasil entre técnicos brasileiros e americanos para avaliar as exigências e começar a exportação de carnes de aves. “Nossa experiência na venda de carne bovina industrializada é muito bem vista pelo governo americano”.

O secretário disse também que Brasil e Estados Unidos vão trabalhar mais próximos em temas de interesse dos dois países no Codex Alimentarius. Os americanos ofereceram apoio na capacitação dos inspetores brasileiros para que trabalhem nos moldes do serviço de inspeção americano. “O treinamento dos nossos técnicos já está sendo articulado junto à Embaixada dos Estados Unidos no Brasil pelo Departamento de Defesa e Inspeção de Produtos de Origem Animal (Dipoa) do Ministério da Agricultura”.

Dimarzio afirmou ainda que os dois países decidiram promover mais reuniões bilaterais para aumentar a ‘constância’ do debate de temas relacionados à defesa sanitária. “Eles elogiaram o modelo de trabalho desempenhado pelo governo brasileiro neste segmento e destacaram a importância da criação do Comitê Consultivo Agrícola Brasil Estados Unidos”.

Na sexta-feira (01/10), às 20h30, no jantar anual do MICA, o secretário fará palestra sobre o agronegócio brasileiro. Ele enfatizará as medidas adotadas pelo governo para reforçar o controle sanitário do país. Em 2005, segundo Dimarzio, o governo brasileiro vai triplicar os investimentos na defesa sanitária. “O Ministério da Agricultura deve repassar para os estados cerca de R$ 100 milhões, por meio de convênios, para melhoria dos seus sistemas de defesa agropecuária”.

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