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Berzoini volta a se desculpar com idosos e fala de erros

Cristiane Ribeiro/ABr - 11 de novembro de 2003 - 15:16

Uma semana depois de bloquear o pagamento dos benefícios aos idosos com mais de 90 anos de idade e 30 de contribuição ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), o ministro da Previdência Social, Ricardo Berzoini, voltou a pedir desculpas pela humilhação a que os idosos foram submetidos e admitiu que “a medida foi um conjunto de erros causado pela falta de diálogo com a sociedade civil na formulação do sistema de recadastramento dos idosos”.

O ministro garantiu que não é preciso haver uma "correria" aos postos do INSS, porque não há mais prazo para o recadastramento, assinalando que aqueles com dificuldades de locomoção, podem pedir, por telefone, a visita de um funcionário da Previdência em suas próprias casas. Assim mesmo, conforme explicou Berzoini, nos quatro dias que os pagamentos ficaram bloqueados, cinco mil idosos se recadastraram voluntariamente em todo o país e foram identificados 29 benefícios pagos irregularmente.

“O constrangimento atingiu, inclusive, o próprio ministro, que assistiu às cenas, viu que estava equivocado e reconheceu este erro. Agora, temos que reforçar a questão fundamental, que este foi um episódio isolado dentro de um conjunto de ações contra a fraude, e nós queremos o apoio da opinião pública contra os crimes contra a Previdência Social. Também vamos trabalhar com o princípio de que qualquer ação de recadastramento deve ser feita a partir de agora em bases de total respeito ao idoso e, principalmente, para evitar desconforto”, completou Berzoini.

O ministro se reuniu hoje de manhã com representantes de várias entidades que trabalham com a terceira idade e que reivindicam maior participação na reformulação da Previdência. No encontro, promovido pela organização não-governamental Parceiros do Rio, o ministro anunciou que o governo vai recriar os conselhos consultivos da Previdência Social nos estados. Segundo ele, o decreto está sendo analisado há três semanas pela Casa Civi da Presidência da Repúblical e, em breve, deve ser assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Serão 102 conselhos, onde governo, empresários e a sociedade civil farão um debate permanente sobre o serviço prestado pelo INSS.

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