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Geral

Beribéri pode causar paralisias no corpo e insuficiência

Juliane Sacerdote/ABr - 19 de novembro de 2006 - 06:57

O beribéri é uma doença causada pela falta de vitamina B1 no organismo humano. Segundo o especialista o relator nacional para os Direitos Humanos à Alimentação Adequada, Água e Terra Rural, Flávio Valente, os primeiros sintomas são insônia, fadiga, perda de apetite, dores abdômen e no peito.

“Depois a pessoa pode apresentar diminuição da força muscular e perda da sensibilidade nos braços e pernas. Em alguns casos, os pacientes vão tendo dificuldades de caminhar e de se locomover e podem ser detectadas paralisias pelo corpo”.

Valente - que é autor de um relatório sobre as mortes pela doença ocorridas este ano no Maranhão - destaca que a fase mais grave da doença é a cardiovascular, ou seja, as paralisias podem resultar em insuficiências cardiorrespiratorias. Essa foi a causa da maior parte das 33 mortes registradas em 25 municípios do Maranhão desde o início do ano.

Entre as conclusões do levantamento feito por Valente, está o fato de que a doença geralmente ocorre em casos extremos de falta de alimentação. Ele ressalta, porém, que os casos no estado são decorrentes de uma combinação de efeitos.

“Constatamos que as pessoas da região não aparentam estar desnutridas, magras ou algo assim. Eles comem alimentos em quantidade suficiente, mas apenas um tipo de alimento. Ou, ainda, combinações erradas de alimentos que não têm a quantidade suficiente de vitamina B1 que o corpo precisa”.

Segundo ele, a carência da vitamina aliada ao excesso de trabalho nas lavouras agravou os casos e levou várias pessoas à morte. O consumo de álcool pelos trabalhadores também foi listado pelo especialista como um fator agravante. Isso porque, as bebidas alcoólicas inibem a absorção da B1 pelo organismo.

O tratamento, acrescenta Valente, é feito pela ingestão de um comprimido da vitamina por dia. “As pessoas que têm os casos mais graves da doença, ao tomar o remédio, saem da linha de risco de morte em até 48 horas. O tratamento tem que feito no tempo certo e tem que ser um processo contínuo, para que o problema não volte”

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