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Atentados em Madri causam a morte de 130 pessoas
Pelo menos 130 pessoas morreram e 350 ficaram feridas esta quinta-feira em atentados a estações de trem em Madri, atribuídos pelo governo espanhol à organização separatista basca ETA.
"Nós sabíamos que eles estavam preparando um grande ataque terrorista", declarou a ministra espanhola das Relações Exteriores, Ana Palacios, após responsabilizar, de forma incisiva, o grupo separatista basco pelo atentado.
De acordo com a companhia de trens espanhola, Renfe, duas explosões verificaram-se nas linhas de Atocha, a principal estação da capital, uma na estação de Santa Eugênia e a terceira na de El Pozo.
Uma das primeiras reações veio do governo regional basco que se disse "horrorizado" com os atentados e acusou o ETA de ter tentado "dinamitar a democracia". O líder basco Juan Jose Ibarretxe condenou,em entrevista coletiva, a violência e convocou a população a se manifestar contra o ETA.
O gabinete de crises do governo espanhol está reunido e está previsto um pronunciamento, ainda hoje, do primeiro-ministro José Maria Aznar. O executivo já convocou a população espanhola para uma manifestação contra o terrorismo nesta sexta-feira.
Os partidos políticos em campanha para as eleições gerais espanholas que acontecem no próximo domingo, cancelaram comícios e outras manifestações previstas para hoje e amanhã.
Desde que começou a luta armada pela independência do país basco, no norte da Espanha, o ETA já foi responsabilizado por mais de 800 mortes. O grupo está inscrito como organização terrorista na lista vigiada pelos Estados Unidos e União Européia.
Até agora, nenhum grupo assumiu a autoria dos atentados.