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Artigo: Crestamento bacteriano não é ferrugem

Fernando de Assis Paiva - 06 de janeiro de 2004 - 13:39

Duas amostras de folhas de soja, trazidas ao laboratório de Fitopatologia da Embrapa Agropecuária Oeste, empresa vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e do Abastecimento, na última semana de dezembro, apresentavam-se infectadas pela ferrugem da soja. Uma das amostras provinha de uma “área sentinela” de uma empresa de defensivos agrícolas no município de Aral Moreira, a outra de uma lavoura comercial de Antônio João - MS. Área sentinela é uma pequena área semeada mais cedo que as lavouras comerciais com a finalidade de detectar precocemente o aparecimento da ferrugem na região e alertar os produtores para a necessidade de intensificarem as vistorias de suas lavouras, frente à possibilidade de estarem afetadas.
Vale ressaltar que existem duas espécies de ferrugem da soja: a americana, causada por Phakopsora meibomiae, e a asiática, causada por Phakopsora pachyrhizi. A ferrugem americana existe no Brasil desde o final dos anos 70 e somente causou perdas de produtividade em casos esporádicos. A ferrugem asiática foi constatada no Paraná na safra 2000-2001 e nas safras seguintes no Paraná, em Chapadão do Sul, em Goiás, em Mato Grosso e em outras regiões produtoras, sempre causando perdas acentuadas na produtividade.
Desde o início da atual safra de soja, muitos produtores e agentes da assistência técnica têm procurado a Embrapa com a suspeita de ocorrência de ferrugem. Na maioria dos casos foi detectada a presença de crestamento bacteriano e não de ferrugem. Os casos acima relatados constituem-se nas primeiras observações dessa doença na região
A recomendação para os produtores continua sendo a de monitoramento das lavouras, observando as folhas mais velhas e de aplicação de fungicidas para o controle APENAS após a constatação da presença da ferrugem.
Maiores informações diretamente na Embrapa Agropecuária Oeste ou pelo telefone (67) 425-5122.

Fernando de Assis Paiva
Pesquisador Embrapa Agropecuária Oeste

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