Os cerca de 200 estudantes da Uems (Universidade Estadual de Mato Grosso do Sul) que protestavam desde o início da manhã desta quinta-feira em frente à sede da instituição, em Dourados, encerraram a manifestação por volta de 16h após uma hora e meia de negociação com o reitor, Luiz Antonio Álvares Gonçalves. Os estudantes cobram ampliação da estrutura física da universidade para abrigar os 14 cursos mantidos pela Uems em Dourados. O presidente do DCE (Diretório Central dos Estudantes), Irlon Maciel, disse que o reitor prometeu concluir em 30 dias o laboratório de computação.

Outra providência anunciada na conferência com os estudantes é a remoção dos alunos do curso de sistema de informações para o bloco D (construído pela Uems e cedido à UFGD em cumprimento a acordo firmado em 1993). Em contrapartida, os alunos de administração da UFGD que estão no bloco D serão levados para o bloco B da Uems. Maciel informou que Luiz Antonio também se comprometeu em convidar todos os representantes da comunidade acadêmica a participarem de eventuais discussões com o governo do Estado e com a UFGD (Universidade Federal da Grande Dourados) sobre o comodato firmado há 13 anos entre a Uems e a UFMS.

Sobre a construção da biblioteca, segundo o presidente do DCE, o reitor afirmou que a retomada é “prioridade”, mas admitiu que falta verba para a obra. Ele não fez previsão de quando a obra deverá ser concluída. No ano passado, a Uems não recebeu nenhuma verba para retomar a construção da biblioteca. Em fevereiro deste ano, o governo André Puccinelli cortou pela metade o repasse da Uems. A universidade recebeu R$ 2,7 milhões, quando deveria ter recebido R$ 5,6 milhões – valor equivalente a 2,8% da receita líquida do Estado, conforme estabelece a Constituição de Mato Grosso do Sul.