Entre uma mulher e um homem que consomem a mesma quantidade de álcool regularmente, a mulher pode ter mais problemas de saúde. Por causa da estrutura corpórea mais frágil e da diferença de metabolismo, as mulheres são mais vulneráveis a doenças relacionadas ao álcool. É o que afirma a psiquiatra e coordenadora da organização não-governamental Centro de Informação sobre Saúde e Álcool, Camila Silveira.


"A bebida alcoólica tem uma interação no organismo feminino diferente do organismo masculino. Isso porque, primeiro, que a mulher possui menos enzimas que metabolizam o álcool do que o homem, além disso, a mulher possui menos líquido corpóreo do que o homem. Então, o álcool se dilui menos, fazendo mais mal para elas e também tem uma questão de formação física, as mulheres são menores, geralmente."

A psiquiatra Camila Silveira conta que, além do risco de desenvolver problemas de estômago e de fígado, as mulheres que bebem com freqüência têm mais chances de desenvolver depressão. De acordo com a médica, hoje, o número de mulheres que consomem álcool é compatível com o de homens. A entrada delas no mercado de trabalho e a própria mudança cultural da sociedade, que, por exemplo, aceita a mulher sair para se divertir sozinha ou ser chefe de família, também são fatores que contribuem para essa realidade.

Reportagem, Cynthia Ribeiro