Extra! Extra! Notícia publicada no site globo.com desta terça-feira, dia 14 de julho, anuncia o fim do namoro de Max e Francine, dois ex-BBBs. O anúncio foi feito pela “assessoria de imprensa” do moço. Elaboraram um comunicado oficial à imprensa informando sobre a separação dos dois. Segundo o site ofuxico.com, os dois esperam que os “fans” não fiquem tristes, pois foi uma separação amigável, um rompimento de comum acordo. Ressalta a nota também que até o último momento houve respeito entre as partes.

Lendo essa notícia extremamente relevante, notei que semana passada o seu Chico e a dona Cleonice também romperam. No caso deles, um casamento de 36 anos. A assessoria dos dois resolveu não dar tanta manchete ao caso, a pedido do casal. Mês passado foi a vez do seu Adrobaldo romper com a D. Sirina. Ao contrário dos ex-BBBs, seu Adrobaldo e D. Sirina não tiverem um fim amigável, alegando uma incompatibilidade muito grande de personalidades.

Eu sei que muitos de vocês acabaram não se interessando muito pelos dois casais acima. Eu compreendo. A assessoria de imprensa deles não foi assim tão rápida e criativa para fazer com que houvesse destaque para a notícia. Já a “assessoria de imprensa” do casal Max e Francine foi bem rápida. O que pode ter acontecido: Max reclamou com seu “assessor de imprensa” que não estava mais aparecendo na mídia. Nessas horas, então, o que fazer? Resposta: criar um fato novo. E qual foi o fato novo? Resposta: o término do namoro.
Você que lê esse texto agora me diga: alguma vez José Wilker, Tony Ramos, Caetano Veloso, Suzana Vieira, Paulo José e Lima Duarte, por exemplo, ficaram fora dos holofotes pela irrelevância do que fazem? Às vezes o fazem, por vontade própria. Dia desses, um outro ex-BBB, Flávio, mandava malas diretas se oferecendo pra aparecer em shows, festas, casamentos, formaturas, bailes de debutantes, posse de síndico, enterro. Eu pergunto: alguém que realmente faz algo relevante preciso disso?

Estes dois exemplos de ex-BBBs, o casal e o rapaz, servem para mostrar o quanto é importante ir construindo nossa própria fama. Não a fama da TV, dos holofotes, mas a fama de ser honesto, trabalhador, dono do seu futuro. De que adianta passar dois meses confinado em uma casa, se expor de forma ridícula pro país todo e depois desaparecer, cair ao ostracismo? Isto é mais uma mostra do quão vazia está a mente dos produtores da TV brasileira, que popularizam atrações ridículas ao público, quase que o obrigando a engolir aquilo que sai das telas.

E na matéria “jornalística” do site “EGO” sobre a separação do casal, ainda há depoimentos dos pais dos dois. Como se fosse algo relevante, eles falam, a sério, do rompimento. Parece surreal, mas é verdadeiro.
Vou terminar esse texto e enviar um e-mail pra “assessoria de imprensa” do Flávio. Vou requisitá-lo a participar da posse do novo presidente da Associação dos Moradores do Jardim Bloquinhos (AMJB). Dependendo do preço, peço para enviar o Max. Agora que ele está sozinho, deve ser mais barato contratá-lo.



*professor universitário













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