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Ala esquerda do PT organiza desfiliação em massa

Fabiana Silvestre/Campo Grande News - 23 de julho de 2005 - 10:46

Descontentes com a crise política que envolve petistas em denúncias de corrupção em estatais e “mensalão”, lideranças da ala esquerda do partido estão organizando um ato de desfiliação em massa para o dia 25 de setembro, no Rio de Janeiro (RJ), uma semana depois das eleições para a presidência do partido, informa a edição de hoje do jornal Folha de São Paulo.

Conforme a reportagem, o grupo que lidera o movimento – que envolve deputados, funcionários públicos, professores universitários, estudantes e bancários – apóia a candidatura de Plínio de Arruda Sampaio à presidência nacional do partido e espera levar mil pessoas ao ato.

Um dos líderes do movimento é Bernardete Meneses, coordenadora do sindicato dos funcionários da UFRGS (Universidade Federal do Rio Grande do Sul) e ex-mulher do deputado federal João Batista Araújo, o ""Babá", que foi expulso do PT e hoje está no PSOL.

"O PT está dando mostras de esgotamento como partido de massas. Não há nenhuma sinalização de que haverá uma limpeza no partido e uma mudança radical na linha econômica do governo. Se isso não ocorrer, a saída, a ser oficializada no dia 25, é irreversível", afirmou ela.

Meneses é da tendência interna MUS (Movimento de Unidade Socialista). Também fazem parte do grupo dissidente integrantes da DS (Democracia Socialista) e da Articulação de Esquerda, as tendências de esquerda mais fortes do PT.

Está marcada para 5 de agosto uma reunião do grupo em São Paulo. O destino da maioria dos dissidentes deve ser o PSOL. A Folha apurou que a agitação da esquerda petista inclui a exigência de alguns integrantes da DS para que o ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto (que integra a facção e representa a esquerda petista no ministério), deixe o governo.

Logo após a transmissão do cargo de ministro das Cidades a Márcio Fortes, o petista Olívio Dutra (RS) afirmou ontem, ao comentar a pior crise política vivida pelo governo de Luiz Inácio Lula da Silva e por seu partido, que o PT precisa ser "refundado", mas poderá "renascer das cinzas". "Queremos que o nosso partido seja resgatado e, se preciso, refundado”, disse. As informações são da Folha de São Paulo.

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