A ocorrência de focos de febre aftosa vai provocar perdas nas exportações de carnes brasileiras neste ano, mas o crescimento em outras áreas não deverá, em princípio, afetar a projeção anual de vendas externas totais, de US$ 117 bilhões. A previsão é do secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Ivan Ramalho, que em palestra na Câmara de Comércio Americana lembrou que o Brasil é um dos maiores exportadores de carnes do mundo, incluindo bovinos, frangos e suínos.

A previsão do setor exportador de carnes em geral era de embarques anuais no valor de US$ 8 bilhões, dos quais US$ 3 bilhões em frangos e US$ 3 bilhões em carne bovina. Isto corresponde, segundo o secretário, a menos de 3% do total das exportações do Brasil. "As metas específicas da carne, na sua maioria, passados dez meses do ano, já foram alcançadas. Mas é evidente que esse é um tema que nos preocupa muito, principalmente em relação às metas do próximo ano", disse.

Ramalho destacou ainda que a corrente de comércio brasileira, dependendo do resultado das importações, deverá fechar este ano "bastante próxima dos US$ 200 bilhões". E acrescentou que para o próximo ano, a previsão é a de que as exportações atinjam US$ 120 bilhões. Nos últimos dois anos, lembrou, a média de crescimento das exportações foi de 32% e somente dois países cresceram acima desse patamar – China e Rússia, com 35% cada.