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Adolescente recorre à Justiça para mudar nome complicado

Ângela Kempfer, Campo Grande News - 29 de outubro de 2008 - 18:16

Um nome pra lá de complicado virou motivo de ação no Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul. O TJ foi acionado para mudar o registro civil de Wonarllevyston Garlan Marllon Branddon Bruno Paullynelly Mell, de 13 anos. Todos são nomes, o sobrenome foi omitido por se tratar de menor de idade.

O caso é de 2007, mas foi revelado agora, como exemplo a naão ser seguido. Em audiência, a mãe, Dalvina Xuxa, admitiu ao juiz Fernando Paes de Campos, da 5ª Vara de Fazenda e Registros Públicos, ter exagerado, mas explicou que a composição foi fruto de diversas sugestões.

Na avaliação do juiz, “a mãe tentou enfeitar e sofisticar o nome, mas acabou caracterizando um capricho que achou espaço na negligência do oficial de registro”, informa via assessoria do TJ. A autorização para a mudança foi concedida e o menino preservou apenas o primeiro nome: Wonarllevyston.

Muitos outros pais conseguiram garantir a extravagância nos cartórios de Mato Grosso do Sul. Levantamento feito pelo TJ revela até que ponto a criatividade dos pais pode chegar, afoitos por colocar nomes diferentes nos filhos. A relação de pedidos para alteração de registro, na maioria dos casos tem como argumento as chacotas.

Na lista das Varas de Fazenda e Registros, aparecem nomes como Altezevelte, Alucinética Honorata, Claysikelle, Frankstefferson, Hedinerge, Hezenclever, Hollylle, Hugney, Khristofer Willian, Maxwelbe, Maxwelson, Mell Kimberly, Necephora Izidoria, Starley, Uallas, Udieslley, Ulisflávio, Venério, Walex Darwin, Wallyston, Waterloo, Wildscley, Wochton, Wolfson, Yonahan Henderson, Locrete.

Hoje, nas Varas de Fazenda e Registros Públicos de Campo Grande tramitam em média entre seis e 10 processos de retificação de registro civil por mês. Um dos casos citados é de um dentista com nome feminino que reebia correspondências com o tratamento de doutora.

A assessoria do TJ relata até o exemplo de uma mulher que pedia para retirar o sobrenome do marido por sentir “vibrações negativas”.

Lei federal proíbe cartórios de registrarem nomes considerados esdrúxulos ou vexatórios. Os pais que insistem também costumam acionar a Justiça para garantir o registro. (Com informações da assessoria do TJ)

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