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Geral

Acusado por morte agente carcerário nega crime

TJGO - 08 de agosto de 2007 - 07:23

Interrogado anteontem (6) pela juíza Carmecy Rosa Maria Alves de Oliveira, da 1ª Vara Criminal de Goiânia, o pecuarista Edson Rocha, denunciado juntamente com outras quatro pessoas pela morte do agente carcerário Jeosadaque Monteiro e Silva Júnior, negou participação no crime. A vítima foi assassinada em 8 de maio, em frente ao Instituto Ortopédico de Goiânia (IOG), no Setor Bueno. Na época, Edson estava preso e o fato ocorreu durante um esquema armado para a fuga dele.

Edson, que estava foragido desde o dia do fato e foi capturado recentemente, admitiu que estava no local e momento do crime e que sabia da existência de um esquema para sua fuga, mas disse que desconhecia qual era o plano. "Eu estava preso e, depois de sofrer lesões durante uma briga na Casa de Prisão Provisória (CPP), fui transferido para o Núcleo de Custódia, onde fui espancado várias vezes por agentes penitenciários, que também me obrigavam a ficar pelado e com as mãos para fora da cela", contou, comentando que não suportava mais permanecer em cárcere.

Diante disso, segundo relatou, entrou em contato com uma pessoa identificada apenas como Japa a quem teria pedido auxílio para fuga. "Eu teria de pagá-lo R$ 10 mil pelo trabalho, mas ele me devia esse valor e ficou por isso mesmo", contou. Segundo Edson, em contato telefônico feito dias antes do fato, Japa teria lhe garantido que um agente iria ajudar na fuga e que tudo já estava acertado. Questionado pelo Ministério Público (MP) sobre de que forma Japa ficou sabendo do dia e horário em que se submeteria a uma cirurgia no IOG, Edson disse ele deveria saber porque "no presídio todo mundo tem conhecimento de tudo".

Caso

De acordo com denúncia do MP, Edson estava detido no complexo prisional de Aparecida de Goiânia quando um exame de rotina realizado entre os presos constatou uma lesão no antebraço dele e a necessidade de uma intervenção cirúrgica. Ao ser informado que o procedimento seria realizado no dia 8 de maio, no Instituto Ortopédico de Goiânia, Edson planejou sua fuga e entrou em contato com dois comparsas - até o momento identificados apenas como Japa e Matrix - pedindo-lhes para que conseguissem o auxílio de Patrick César Tobias Xavier, Éder Alves de Souza e Guilherme Soares para a escapada.

Para tanto, Japa, Matrix e os três auxiliares se reuniram na residência do adolescente L. - que responde pelo crime perante o Juizado da Infância e da Juventude - e definiram os detalhes do plano de fuga, momento em que as tarefas foram divididas e distribuídas armas para cada um. No dia da cirurgia, os seis dirigiram-se ao hospital e executaram o plano quando Edson chegava ao local, escoltado por agentes carcerários. Conseguiram escapar levando Edson mas, na perseguição, houve troca de tiros, que resultou na morte de Jeosadaque, tendo a polícia conseguido, ao final, prender Patrick, Éder, Guilherme e L., que confessaram o crime. (Patrícia Papini)

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