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A crônica do Corino - Agricultura ou agruracultura?

Corino Rodrigues de Alvarenga - 24 de novembro de 2006 - 04:45

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A agricultura está precisando de uma política melhor, e, portanto, mais séria. Uma pequena nota publicada no site www.cassilandia.com.br, nessa quarta-feira, remeteu-me a uma análise não tão aprofundada, mas pertinente.
Eu já venho batendo nesta tecla há 22 anos, desde quando comecei a militar no Jornalismo: sem preço mínimo, sem uma política de escoamento de grãos, sem estradas de qualidade capaz de melhorar o chamado custo-Brasil e sem subsídios para o produtor (produtor e não especulador ou picareta), não se terá neste País uma agricultura pujante, consolidada e respeitável.
Leia a rápida nota do site cassilandense e depois eu volto para meter a colher de pau pelo meio, como diria o meu amigo José Sena, o psicólogo de Jacobina.

“Saca do milho é negociada a R$ 15,50 em MS

Quarta-feira, 22 de Novembro de 2006 13:15

A saca com 60 quilos de milho em Mato Grosso do Sul está cotada a R$ 15,50 nesta quarta-feira, conforme o Sima/MS (Sistema Nacional de Informação de Mercado Agrícola de Mato Grosso do Sul).”

Você já tentou encher um saco de 60 quilos de milho? É milho para dar com pau, amigo!
Então o pobre agricultor trabalha três meses ou mais para colher o milho e acaba tendo que se sujeitar a míseros R$ 15,50 por uma saca de 60 quilos?
Querido presidente Lula, isto é agricultura? Ou isto é agruracultura? Vamos pensar nisso, amado presidente Lula, antes que o homem do campo morra sufocado, sem crédito, sem respaldo e até sem amor-próprio, sem auto-estima.
Vamos trocar essa gigantesca safra de desfaçatez por uma boa e longa safra de produção.
Atentai, querido presidente, para a realidade premente do nosso povo, cortando os picaretas que dão desfalque no Banco do Brasil e nos demais bancos oficiais, porque lugar de ladrão é a cadeia.
Tirados os pilantras da pseudo-agricultura, vamos incentivar, e com urgência, aqueles que verdadeiramente produzem grãos para o País e que estão sendo pisoteados por uma política agrícola nefasta, arcaica e sem raízes.
O Brasil tem a maior área propícia para a produção de alimentos, mas permanece deitado em berço esplêndido.
O homem do campo, querido presidente, precisa, sim, de mais incentivos para comprar tratores, colheitadeiras, insumos agrícolas e grãos para plantar, mas também precisa de conhecimento técnico, de desenvolvimento científico voltado para o chamado agrobusiness.
Os auditores e autocratas precisam sair do ar condicionado, senhor presidente, e ir para a roça para ver como está a vida dos nossos queridos e maltratados homens do batente, aqueles que verdadeiramente trabalham por um País mais decente, fraterno e justo, com comida na mesa e muito franguinho na panela.
É isso mesmo que o Brasil precisa: comida na mesa e franguinho na panela.
Vamos pôr fim, querido presidente, no tal Bolsa Família e investir essa verba toda, cerca de R$ 12 bilhões anuais, na agricultura familiar, na micro e pequena empresa.
Chega de esmola, querido presidente! Com a reeleição garantida – inclusive com o meu voto -, é hora de trabalhar por um Brasil mais rico na agricultura, mais rico no comércio, mais rico na indústria e mais rico na geração de empregos.
Acordai, querido presidente! O homem do campo está pedindo socorro! Acordai, presidente! Acordai, homem de Deus!

Corino Rodrigues de Alvarenga
Contato com o colunista:
[email protected]

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