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Geral

Atresia intestinal

Abc Med - 22 de maio de 2016 - 16:00

Atresia intestinal é uma malformação congênita (presente ao nascer) caracterizada por um estreitamento de um segmento do intestino delgado e, menos frequentemente, do intestino grosso. A atresia é uma das formas de “obstrução intestinal”, sendo geralmente parcial. Ela pode ocorrer ao longo de todo o intestino (na verdade, ao longo de todo o trato digestivo) e costuma receber denominações específicas de acordo com o local em que incide: atresia esofágica, gástrica, duodenal, jejunal, cólica, etc.

Quais são as causas da atresia intestinal?

Pensa-se que a atresia intestinal possa ser causada por rotação intestinal ou malformação da parede abdominal, levando a uma má irrigação sanguínea do intestino, durante o desenvolvimento fetal, resultando em falha da canalização do tubo intestinal. As atresias intestinais parecem ter uma ocorrência familiar, embora sua causa genética específica ainda não seja conhecida. A atresia intestinal é comum na síndrome de Down, embora exista também fora dela.

Qual é a “mecânica” da atresia intestinal?

As substâncias nutritivas são absorvidas ao longo de todo o intestino, mas algumas crianças nascem com defeitos que impedem que o intestino absorva todos os nutrientes que o corpo em crescimento necessita. Com o estreitamento, o intestino não fica completamente bloqueado, mas seu lúmen interno é muito pequeno para que os nutrientes se movam normalmente.

Quais são as principais características clínicas da atresia intestinal?

Na maioria dos casos, a atresia intestinal é descoberta em um ou dois dias após o nascimento do bebê e afeta igualmente os meninos e as meninas. Nas atresias mais proximais, os bebês têm vômitos biliosos logo após o nascimento, enquanto aqueles com atresias mais distais podem não apresentar vômitos até várias horas ou dias após o nascimento.

Naqueles com obstrução distal observa-se acentuada distensão abdominal e grande atividade peristáltica das alças intestinais distendidas, o que pode estar associado a um grande desconforto respiratório. Os flancos estão distendidos e as hemicúpulas diafragmáticas elevadas, em razão do aumento do conteúdo abdominal. Obviamente, o número de alças dilatadas é tanto maior quanto mais distal for a atresia.

Em cerca de metade dos recém-nascidos com atresia intestinal pode ocorrer polihidrâmnio (aumento do líquido amniótico). Geralmente haverá um "microcólon", em virtude do desuso do intestino grosso durante a vida intrauterina.

Como o médico diagnostica a atresia intestinal?

Além dos sintomas, o diagnóstico de atresia intestinal pode ser confirmado por meio de uma radiografia. Uma radiografia do abdômen mostrará dois grandes espaços, um da dilatação do estômago e outro da dilatação da primeira porção do duodeno. Este sinal é conhecido como “sinal da dupla bolha”. Estes espaços estão preenchidos por ar e separados por uma área de estreitamento, nos quais podem existir níveis hidroaéreos.

A ecografia pré-natal mostrará alças delgadas dilatadas e estruturas normais do cólon, muitas vezes há também excesso de líquido amniótico. Além de sua aplicação no diagnóstico das atresias intestinais, a ecografia fornece informação sobre outras possíveis anomalias orgânicas.

Como o médico trata a atresia intestinal?

As atresias intestinais quase sempre são tratadas por cirurgia, embora o procedimento acarrete algum risco. O cirurgião deve remover o mínimo necessário do intestino, mas às vezes a criança não fica com intestino delgado suficiente para absorver todos os nutrientes necessários para o seu desenvolvimento, devendo ser sempre bem acompanhada por um pediatra ou gastroenterologista pediátrico.

Como evolui a atresia intestinal?

Já existem muitos tratamentos para as obstruções intestinais e esse problema já não representa o risco de vida que tinha no passado.

Como prevenir a atresia intestinal?

Sendo um problema congênito e, em alguns casos, genético, não há como prevenir a atresia intestinal.

Quais são as complicações possíveis da atresia intestinal?

As atresias podem levar a uma perfuração intestinal ainda in utero e resultar em peritonite meconial. A cirurgia de correção implica nos riscos próprios a qualquer cirurgia: sangramentos, infecções, riscos anestésicos.

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