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Zeca fala sobre o encontro de hoje em Brasília

Vasconcelo Quadros/APn - 05 de agosto de 2003 - 15:52

V.Gomes/APn
V.Gomes/APn

Brasília (DF) - O governador Zeca do PT disse agora há pouco que o Encontro Nacional de Governadores, Prefeitos e Vice-prefeitos do PT, em Brasília, foi uma importante demonstração de apoio do partido ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e às vésperas do início da votação das reformas no Congresso Nacional. “As reformas da Previdência e tributária são fundamentais para o governo equilibrar suas contas e promover o crescimento das atividades econômicas no país. O presidente Lula tem o apoio incondicional dos governadores e da grande maioria do partido. Nosso gesto tem a clara finalidade de reafirmar o compromisso que assumidos com o presidente”, afirmou o governador, logo depois do encontro com o presidente Lula no Palácio do Planalto.
Os quatro governadores do PT, 96 prefeitos e 20 vice-prefeitos do PT entregaram ao presidente Lula a Carta de Brasília, um texto de 45 linhas em que reafirmam o apoio às reformas e aos ajustes que o governo vem fazendo para promover as mudanças que o país precisa. “A carta sela definitivamente nosso compromisso com o presidente, no exato momento em que a Câmara dos Deputados inicia a votação da reforma da Previdência. Vamos ajudar a aprovar as reformas”, garantiu Zeca do PT. A solenidade no Palácio do Planalto foi realizada no intervalo do Encontro e contou com a presença do comando nacional do PT.
Denominado também de Carta Aberta do Presidente Lula, o texto reflete o apoio do partido pelas mudanças nos sistemas previdenciário e tributário, como medidas atendam “de modo inequívoco as necessidades gerais do País por mais justiça social e pela busca do equilíbrio nas contas públicas, base para a retomada sustentável do crescimento econômico”. O documento também destaca as sucessivas reuniões promovidas pelo presidente com os governadores como uma demonstração “inédita de compartilhamento democrático”. O texto lembra ainda que o presidente tem amplo apoio para as mudanças: “Os estados e municípios não podem e não devem se omitir no atual quadro conjuntural, protagonizando no Congresso Nacional os debates das mudanças necessárias e fazendo valer os seus interesses e pontos de vista, porém resguardando o interesse geral do país”.
A carta reafirma a necessidade de medidas que corrijam dificuldades financeiras e orçamentárias como alternativas para preparar o terreno para o desenvolvimento econômico e social. Lido pelo prefeito de Piracicaba, José Machado (PT), na presença do presidente, em solenidade no Salão Oeste do Palácio do Planalto, o documento frisa que as medidas devem ser discutidas também no âmbito dos fóruns que o governo criou para impedir iniciativas isoladas que causem sobressaltos à sociedade. “Esteja certo que seus companheiros (...) estão mobilizados em torno das diretrizes gerais do PT em apoio ao seu governo, o qual expressa o desejo de todos os brasileiros de mudar o Brasil”, diz o trecho final da carta.
O presidente Lula chegou à solenidade acompanhado de ministros e governador Zeca do PT. Num dircurso curto, agradeceu o apoio dos governadores, prefeitos e vice-prefeitos que, segundo brincou, “são poucos, mas combativos e bons”. Reafirmou a crença na aprovação das reformas, explicou que elas são necessárias para recuperar a possibilidade de o país voltar a crescer e garantiu que consolidará o pacto federativo. O presidente disse que nenhum antecessor teve coragem de tocar as reformas, mas que ele e o PT não temem o debate. “Nenhum dirigente do PT vacilou um minuto sequer em dizer que as reformas são necessárias. A sorte está lançada. Vamos construir um Brasil melhor”, afirmou.
O Encontro começou por volta das 10h de hoje no Blue Tree Park Hotel e termina no início da noite. O governador do Acre, Jorge Viana, falou em nome dos quatro governadores do PT e disse que o partido deve assumir, junto com o governo, o comando das mudanças que serão implementadas no país. “O PT não pode ser carimbado como partido das reformas. Tem de ser o partido das mudanças. Vamos distensionar as discussões. Seremos cúmplices do governo. Vamos ao debate, como é o estilo do PT”, disse Viana. Ele pediu que o governo federal defina o tipo de tratamento que dará aos seus governadores e prefeitos que, por sua vez, deverão assumir a responsabilidade pela execução de programas do governo federal, como o Fome Zero e o Microcrédito. “Não queremos privilégio, mas tratamento político”, explicou.
O presidente nacional do PT, José Genoíno informou que uma pesquisa realizada entre filiados demonstrou que há um apoio amplamente majoritário do partido às reformas e garantiu que o presidente Lula, com tranqüilidade e competência, está no rumo certo. “Não serão os especuladores que vão desestabilizar o país. O governo tem um programa de mudanças que será implementado nos quatro anos”, disse. Genoíno lembrou que a reforma previdenciária deverá ser aprovada como quer o governo, sem privilégios para qualquer setor do funcionalismo. “Respeitamos a Justiça, mas não temos medo. Não vamos nos curvar a uma reivindicação que o país não possa suportar”, afirmou. Ele lembrou que o partido respeita as críticas, mas não negociará a unidade de ação na hora de votar.

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