Quem nunca disse: “o treino de ontem foi bom, acordei todo dolorido!”. No caso da musculação, a dor muscular é associada ao sucesso no treino, adaptações de força e hipertrofia. Nesse sentido, uma das principais frases motivacionais do mundo da musculação, “no pain, no gain” vincula a ideia de que só teremos resultado se sentirmos dor.

Mas, a dor muscular é realmente um indicador de um treino bem feito ou de resultados garantidos? E o dia em que você não sentiu dor, aquele treino não funcionou?

Pessoas que se submetem aos programas variados de treinamento físico e/ou indivíduos sedentários que praticam atividades físicas que estão fora de sua rotina tendem a apresentar o surgimento dessas dores, pois é um processo de adaptação fisiológica do organismo.

O pesquisador Tricoli (2001) afirma que a dor muscular, de inicio tardio, se caracteriza por ser uma sensação de desconforto, originada a partir do término do treinamento, e alcança seu ápice entre 2 e 3 dias posteriormente. Em cerca de 7 dia, desaparece totalmente. É lógico que isso tudo depende de fatores como intensidade, nível de treinamento, nutrição e descanso.

Sendo assim:

* Indivíduos podem apresentar mais sensibilidade a dor do que outros.

* A presença da dor muscular tardia vai diminuindo progressivamente com o tempo e experiência de treino.

* Existem grupos musculares mais suscetíveis a dor muscular tardia do que outros.

Após a fase adaptativa, é comum esse incomodo desaparecer. Por isso, se você está apenas começando um programa de exercícios, inicie lentamente e vá aumentando o ritmo, a intensidade e a duração do treino aos poucos, respeitando seus limites. Procure sempre pela orientação de um profissional de educação física devidamente qualificado para que ele possa ajustar as variáveis do treinamento e assim você pode alcançar seus resultados de forma consistente, pois dor muscular tardia não é sinônimo de resultados.

Fabiana Pedroso é Personal e coach de emagrecimento.