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Geral

Ministério vai analisar situação dos suinocultores

Fabiane Sato - 04 de junho de 2003 - 15:24

As dívidas dos suinocultores serão analisadas por técnicos do Ministério da Agricultura, Pecuária e bastecimento (Mapa), conforme informou o ministro Roberto Rodrigues ao presidente da Comissão da Suinocultura da Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso do Sul (Famasul), Ademar da Silva Júnior. Além dessa reivindicação, encaminhada através de um manifesto na audiência pública sobre o setor que aconteceu ontem, a inserção
da carne suína na merenda escolar, nas cestas, nas refeições do exército e no programa Fome Zero também será estudada pelo Mapa.
Conforme o diretor-secretário e presidente da Comissão de Suinocultura da Famasul, a situação do setor é tão alarmante que em 15 dias muitos suinocultores podem quebrar. Esse problema não é só nos estados do
Sul, o município de São Gabriel do Oeste pode perder muito também, comentou, informando que para cada matriz, são criados um emprego direto e outros 40 indiretos. A assessora de economia da entidade, Adriana Mascarenhas Braga, informou que os produtores sul-mato-grossenses estão trabalhando no prejuízo há 18 meses. Segundo os dados de uma empresa do estado, entre abril e outubro do ano passado, o prejuízo médio por suíno era de R$ 38,51, chegando em outubro do mesmo ano há R$ 45,05. Uma empresa no Estado pode abater até 1.100 animais por dia, explica.
Mesmo com a diminuição do déficit, a economista explica que em maio deste ano, os empresários acumularam o reajuste salarial dos funcionários. As indústrias que estocaram milho ainda estão tendo prejuízos, comentou
Adriana, informando que o valor chegou a R$ 20,00 a saca.
A assessora diz que os suinocultores podem voltar a ganhar com a redução do preço da saca, que em alguns lugares do estado já vale R$ 12,00, mas que é preciso analisar o que pode acontecer nas próximas safras.. Os suinocultores
não podem esquecer do que aconteceu há dois anos, quando em um ano a saca estava cotada a até R$ 7,00, devido ao excesso de produção, e no próximo ano, quando não tinha milho no mercado e os preços voltaram a subir novamente, disse.

Preço Mínimo
Outra proposta que será analisada pelo Ministério da Agricultura é a possibilidade da criação de um preço de referência para o milho como foi feito com o leite. Seria o modelo da Conseleite , um programa do Paraná que
estuda um preço de referência para o litro de leite - para a suinocultura, explica.

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