Geral
Leia a coluna Amplavisão, por Manoel Afonso
REPETINDO: Quociente Eleitoral é o número mínimo de votos que um partido ou coligação tem que atingir para obter uma vaga. Soma-se os votos nominais e de legenda do município e divide-se pelo número total de vagas.
CASO específico da capital. Se depurados os nulos e brancos, sobrarem 370 mil votos válidos , o quociente será de 17.619 votos. Exemplo: para um partido/coligação obter 6 vagas na Câmara, serão necessários 105.714 votos.
QUOCIENTE partidário: é o número de vagas obtidas por um partido ou coligação, através do Quociente Eleitoral. Fórmula: soma-se os votos da legenda aos votos nominais dos candidatos e divide-se pelo quociente eleitoral.
EXEMPLO: candidatos de suposta coligação tiveram os 105.714 votos e mais 18 mil votos só de legenda. Teremos então 123.714 votos que dividindo pelo suposto quociente de 17.619 votos teríamos o índice de7,02162 = 7 vagas.
RESULTADO. Na hipótese acima, o partido/coligação pularia de 6 vagas conseguidas pelo quociente eleitoral, para 7 vagas em virtude do quociente partidário. Em cada cidade, onde a coluna circula, o leitor pode fazer o cálculo local.
E MAIS: se os partidos/coligações não conseguem preencher o total de vagas através do Quociente Eleitoral, usa-se o chamado Cálculo da Média. Divide-se o total de votos dos partidos/coligações, pelo nº de vagas obtidas + 1.
A CHAPA que obtiver a maior média fica com a vaga. Na média seguinte repete-se o cálculo, mas soma-se 2. Participam dessa etapa apenas os partidos e coligações que atingiram o Quociente Partidário.
O PROCEDIMENTO é complicado aos olhos do eleitor. Às vezes ele se frusta com a não eleição de seu candidato à Câmara, perdendo o lugar para o concorrente de outro partido que obteve uma votação inferior a dele.
ANTES da urna eletrônica, na época da apuração manual, alguns procedimentos acabavam ajudando esse ou aquele candidato com o voto de legenda. Era questão de interpretação, que bem advogada, contava à favor.
PARAOLIMPÍADAS. A superação dos atletas deficientes é uma lição para o pessoal que vive chorando por pouca coisa, por titica inclusive! Como sempre digo: visite uma UTI hospitalar e caia na real. De leve...
INVEJA. Mineiros, em Goiás, na divisa com Costa Rica, terá um frigorífico da Perdigão, gerando 5 mil empregos diretos e indiretos. Aproveitará o milho da região e os trilhos da Ferronorte no Alto Taquari para exportar.
ENQUANTO isso, o deputado Vadão Gomes (SP) desistiu de instalar um frigorífico de aves em Cassilândia por falta de acordo na concessão de incentivos fiscais pelo Governo Estadual.
Cada caso é um caso, mas fica o registro.
NA CAPITAL. Taxas do asfalto, iluminação, ISS, prestação da casa própria e saúde: os temas do embate sucessório. Mas a falta de empolgação do eleitorado é latente. Deve ser por causa da falta de chuvas...diz um amigo.
POR DINHEIRO. Duda Mendonça reinventou Maluf e depois inventou Pita. Depois mudou de lado, ficou com Lula e agora está com Marta. O que pensa o eleitor que acreditou nas mensagens das suas campanhas anteriores?
PROPAGANDA. Retoques de efeitos visuais dos candidatos no vídeo, outdoors e santinhos; truques de maquiagem, postura de ângulo em diagonal para se evitar o efeito confronto e jogo cromático.Tudo beira o reino da fantasia.
PROGRAMAS na TV. deixaram a desejar. Muita moldura e pouco conteúdo. Pasmem! Esqueceram os candidatos. O mais direto, com melhor apresentador, interagindo com o eleitor, foi de Antônio Cruz.
O DEPUTADO Jerson se diz tranqüilo neste embate com o PTB. Confia na sensibilidade de seu eleitorado, que o acompanha independentemente de partido. Na biografia dele, servir
é palavra imprescindível, intocável.
COMO SADDAM. A nota saiu no Estadão: Irmão de Julinho, Jaime Campos, prefeito de Várzea Grande, diz que vai derrubar a caixa dágua, em frente à Igreja da Matriz, para construir no local uma estátua sua de igual tamanho.
A VAIDADE humana extrapola conceitos e a nossa própria imaginação. Perde-se o senso crítico e ignora-se eventuais observações contrárias. Aliás, nos 3 Poderes da vida pública, sobra vaidade e falta humildade. E como!
ADMINISTRAR a guerra entre os candidatos á vereança é fogo! Querem grana e material de propaganda na reta final. Candidato a prefeito se desdobra para prestigiar a todos. Afinal, cada voto vale muito na hora da verdade. Se vale!
O PREÇO! Colesterol ou gota lá em cima; diabetes nem se fala; a úlcera, a coluna e até o dente doendo. Morrer? Nem pensar! O céu que espere! Os candidatos só tem tempo para correr atrás dos votos nesta reta final.
A VIDA particular do candidato vai pro saco! Negócios, fazenda, comercio, consultório e profissão esquecidos. A retomada só após a ressaca eleitoral. E lembro: só após algum tempo, perdedores descobrirão que acabaram ganhando.
NÃO PAUTE SUAS VIDAS E SUAS CARREIRAS PELO DINHEIRO. (Nizan Guanaes)
Coluna de responsabilidade do jornalista Manoel Afonso (TV Record e dezenas de sites e jornais no Estado)