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Governo lamenta a morte de líder indígena
A morte da líder indígena Marta Guarani significa uma grande perda, mas seus exemplos de luta ficarão para embalar outras conquistas na batalha da inclusão social, avaliou a presidente do Conselho de Gestão de Políticas Sociais, professora Gilda Maria Gomes dos Santos, ao comentar a morte da grande colaboradora das políticas do governo Zeca. Ela lembra que a líder indígena não estava à frente apenas de questões do seu povo, mas engrossava também o coro na defesa de mudanças para ajudar toda a sociedade, como a luta pela moradia e reforma agrária.
O governo está profundamente consternado diante de duas perdas, do prefeito, em trágico acidente, e de Marta Guarani, uma liderança que esteve à frente das principais lutas das comunidades indígenas que vivem seu momento de afirmação. Marta Guarani era uma importante colaboradora das políticas de inclusão social do governo Zeca, disse Paulo Duarte. O secretário de Coordenação Geral do Governo, Paulo Duarte, foi encarregado pelo governador Zeca de ser o porta-voz das condolências oficiais no velório de Marta Guarani, na Assembléia Legislativa.
Em março deste ano, ao falar do Dia Internacional da Mulher, o governador Zeca lembrou de Marta Guarani como símbolo da mulher guerreira de Mato Grosso do Sul. É uma mulher intelectual, revolucionária, mulher do povo, disse na ocasião.
Marta Guarani tinha 61 anos. Era presidente da Associação Kaguateca, que envolve as aldeias Kadiuéu, Guarani, Terena e Caiuás, e da Água Bonita. Também era membro titular do Conselho dos Direitos das Mulheres de Mato Grosso do Sul. Nasceu na aldeia Jaguapiru em Dourados sob o nome Marta Vito Silva. Sempre engajada na luta indígena, sobretudo voltada para a questão da mulher, conquistou reconhecimento nacional.
A presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Mulher, Maria Rosana Rodrigues Pinto Gama, que também é coordenadora Especial de Políticas Públicas para a Mulher, llembra que Marta Guarani recentemente foi homenageada com a medalha de honra pela Polícia Militar, em abril. "É uma enorme perda, uma mulher de paz e um grande exemplo", declarou Maria Rosana.
O governador Zeca do PT decretou luto oficial por três dias em função da morte da líder indígena, além da morte do prefeito de Bela Vista, Geraldo Murano, ocorrida ontem, em acidente na capital do Paraguai, Assunção.